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Depois das trevas, companhias fabricantes de produtos à base de canábis voltam a subir em bolsa

Por a 24 de Janeiro de 2020 as 19:54

Cannabis-Oil-Capilano-Champlain-RideauAs ações de alguns fabricantes de produtos à base de canábis estão a subir desde o início do ano. A razão assenta no facto de os investidores estarem a apostar em empresas que possam vir a ser bem-sucedidas num setor que sofreu um abalo no seu valor bolsista no ano passado

As ações da Tilray e da Canopy Growth cresceram acima dos 20% desde o começo de 2020, enquanto o preço das ações do grupo Cronos e da companhia Aphria têm estado a subir 10%. No mesmo período, o fundo ETFMG Alternative Harvest subiu 5,8%, relata a Reuters.

A vaga especulativa alimentada pela legalização do canábis no Canadá e em alguns estados dos EUA sofreu um abalo no ano passado, à medida que entre os investidores cresceu a preocupação com o excesso de oferta e com a capacidade destas companhias angariarem clientes oriundos do mercado negro. As dúvidas subiram ainda mais de tom com as regulamentações impostas nos EUA e com a queda de receitas.

Só que os investidores estão agora convencidos que o preço das ações de algumas companhias estava subvalorizado. As ações da Canopy, segundo 22 analistas, estão a negociar 10% abaixo do seu preço-alvo. “Passámos por uma era dourada e depois caímos na idade das trevas”, refere Michael Underhill, chief investment officer da Capital Innovations, citado pela Reuters. “As avaliações estavam a assumir que as companhias estavam mortas”, acrescenta.

No entanto, para algumas empresas o cenário está a mudar. O fundo Underhill, detentor de participações na Canopy, está, entretanto, a aumentar a sua posição em companhias fabricantes de produtos à base de canabidiol, alguns para fins medicinais, como a Alkaline Water Company, a Lanthus Capital Holding e a Harvest Health & Recreation.

Dan Ahrens, gestor do portefólio da ETF AdvisorShares Pure Cannabis ETF, acredita que a pressão vendedora sobre as ações das companhias de canábis foi exacerbada pela prática agressiva de vendas a descoberto nos mercados financeiros durante o  ano passado.

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