Grupo Delta fatura acima de 400 milhões de euros em 2019

O grupo Delta Cafés prevê terminar o ano com uma faturação acima dos 400 milhões de euros, adiantou Rui Miguel Nabeiro, CEO do grupo, em declarações aos jornalistas por ocasião da apresentação dos novos produtos da Delta.

O CEO não conseguiu especificar as estimativas devido à volatilidade da moeda em Angola, que é o terceiro mercado mais importante para o grupo. “A desvalorização do kwanza afeta-nos muito. É inegável. Angola tem um peso muito grande na nossa faturação. E, no mês passado, o Kwanza desvalorizou 30%”, explicou.

Rui Miguel Nabeiro assegurou, no entanto, que o grupo Delta está a crescer em todos os mercados, nomeadamente na China, onde a empresa portuguesa vende através do site Alibaba. “Vamos cumprir pela primeira vez os nossos objetivos na China. Não é nada de estratosférico ainda. O que estamos a fazer é a investir no futuro na expectativa que seja um mercado muito interessante”, revelou.

Para se ter uma noção da realidade do mercado chinês, Rui Miguel Nabeiro adiantou que o “mercado na China vale cem mil máquinas”, enquanto “Portugal vale 400 mil máquinas”, acrescentando ainda que “foram 100 mil máquinas este ano e 70 mil no ano passado”. “É um mercado em franco crescimento”.

Quanto ao mercado polaco, onde o grupo entrou em maio através de uma parceria em exclusivo com a Jerónimo Martins, Rui Nabeiro frisou que a operação “está a correr muito bem”. “Estamos a entrar num momento-chave que é o natal. 70% das vendas de máquinas de café fazem-se nestes dois meses. Estamos a dar tudo por tudo e muito satisfeitos com a parceria. A Jerónimo Martins tem demonstrado ser um parceiro à altura e com o qual estamos muito satisfeitos e orgulhosos de trabalhar”, declarou.

O responsável adiantou ainda que, em 2020, estará operacional uma fábrica de cogumelos, em resultado de uma parceria com a Nãm, startup que trabalha com a Delta.