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Nike deixa de vender na Amazon

Por a 14 de Novembro de 2019 as 16:36

A Nike pôs fim à parceria mantida desde 2017 com a Amazon e vai deixar de vender os seus produtos através da gigante do e-commerce. A marca de desporto disse esta semana que pretende apostar “na relação direta com os clientes”, ou seja, na sua própria plataforma de venda online, uma vez que este segmento de negócio tem sido o principal responsável pelo crescimento das receitas da marca.

O anúncio representa um recuo para a empresa de Jeff Bezos, que tem tentado atrair grandes marcas para a sua plataforma. A empresa ainda não comentou a decisão.

No entanto, os consumidores vão continuar a encontrar produtos da Nike no site da Amazon, através de revendedores. Segundo a Associated Press, a marca apenas vendida à retalhista uma quantidade limitada de produtos, que por norma não abrangiam os seus mais recentes modelos de ténis.

A Nike anunciou em 2017 a parceria de venda com a Amazon, com a justificação de ter um maior controlo da marca. No entanto, a empresa de e-commerce tem registado problemas de contrafação, que podem estar na base do divórcio entre as duas empresas.

Para fazer face às vendas de produtos contrafeitos, este ano a Amazon introduziu novas ferramentas no seu site, incluindo mecanismos para as marcas poderem remover diretamente os falsos produtos, em vez de reportarem e esperarem pela atuação da Amazon.

O descontentamento com a quantidade de contrafacções e de processos de pricing, realizados por outros vendedores, motivaram já a marca de calçado Birkenstock a deixar também de vender na Amazon, em 2017.

Por outro lado, ao apostar no comércio online, diretamente, a Nike assume toda a informação sob o comportamento do consumidor, que pode ser útil para desenvolver novos produtos e serviços, indo ao encontro das preferências dos seus clientes.

A decisão chega um mês depois de a marca de desporto ter nomeado um novo CEO, John Donahoe, anteriormente CEO da eBay. O responsável assume o cargo em janeiro.

A Nike disse que continuará a investir em parcerias “fortes” para o seu negócio e que vai recorrer aos serviços da Amazon Web Services para potenciar site e aplicações.

Entre junho e final de agosto, as vendas da Nike aumentaram 10%, em termos homólogos, para os 10,1 mil milhões de dólares, impulsionadas pelo digital.

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