Justiça espanhola investiga irregularidades na compra do grupo DIA
A justiça espanhola iniciou uma investigação contra Mikhail Fridman e a sociedade Letterone, principal acionista do grupo DIA, por alegadas irregularidades na compra do grupo que detém o Minipreço, avança a agência EFE.
Após uma denúncia, o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal solicitou que o empresário fosse notificado e que o regulador espanhol dos mercados escolha dois peritos para analisar a questão.
Em paralelo, o mesmo juiz pediu a identificação dos denunciantes, de acordo com o estipulado por lei, tarefa agora a cargo da polícia criminal.
O tribunal procura saber se Fridman atuou através de uma “estrutura corporativa criminosa” para causar a queda do preço das ações da companhia de retalho, com o intuito de assegurar o controlo da mesma. Fridman, depois do lançamento de uma OPA, passou a deter cerca de 70% do capital do grupo.
A agência noticiosa espanhola recorda que as ações do grupo DIA tinham um valor de cinco euros quando Fridman ficou com uma participação e 10%, em 2017. Desde então, o preço das ações caíram até situarem-se nos atuais 0,45 euros, como consequência de uma quebra de vendas acelerada que quase colocou a firma à beira da declaração de insolvência.