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Pingo Doce promove projeto para incentivar portugueses a ingerir menos sal

Por a 16 de Outubro de 2019 as 15:54

menos salO Pingo Doce juntou-se à CUF (hospitais e clínicas) para desenvolver o projeto Menos Sal Portugal, no âmbito do qual foram apresentados esta manhã os resultados do estudo de intervenção populacional “ReEducar – Reeducação para uma alimentação saudável”. O objetivo é mostrar o impacto da ingestão de sal na saúde dos portugueses e incentivar à redução do consumo diário. 

Em média os portugueses consomem 10,7 gramas de sal por dia, valor que representa mais do dobro das cinco gramas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. Como efeito, estima-se que a hipertensão afete 40% da população nacional, sendo o sal um dos principais responsáveis também por doenças como enfartes ou AVC.

Neste contexto, foi realizada uma monitorização do consumo de sal e potássio e respetivas consequências na saúde, num total de 311 voluntários durante 12 semanas consecutivas. 

Os investigadores da Nova Medical School e da Faculdade de Medicina do Porto, que conduziram este estudo, apuraram que com a redução da ingestão de sal no plano alimentar diário, os participantes reduziram, em média, a pressão arterial (índice SBP) em 2,1 mm hg. No grupo de indivíduos com maior consumo de sal ou com pressão arterial mais elevada obteve-se, respetivamente, uma redução do consumo diário de sal de 0,6 gramas e uma importante redução da pressão arterial de 9 mm Hg. 

Assim, a “diminuição da ingestão de sal e o aumento da ingestão de potássio, a par da mudança dos padrões alimentares, estão diretamente associados a uma significativa redução da pressão arterial e a potenciais benefícios cardiovasculares”.

As doenças cardiovasculares mantêm-se como a principal causa de morte na Europa, sendo responsáveis por 45% de todas as mortes no continente Europeu e 37% nos países da União Europeia, indica o estudo.

Para apoiar os portugueses na redução do consumo diário de sal, a iniciativa Menos Sal Portugal criou saquetas de cinco gramas de sal e colheres com a mesma capacidade, assinalando assim o Dia Mundial da Alimentação, que se celebra hoje (16 de outubro).

Conceição Calhau, professora da Nova Medical School e uma das investigadoras que coordenou este projeto, explica o que contribui para um consumo elevado de sal. “O sal adicionado no momento de confeção dos alimentos contribui em 29,2%, o pão e as tostas, 18,5%, a sopa, 8,2% e os produtos de charcutaria e carnes processadas têm um contributo de 6,9%”.

Quanto a alternativas mais saudáveis, deixa a dica: a “utilização de ervas aromáticas permite a redução da quantidade de sal adicionada à refeição, mas também, pela sua riqueza nutricional, em agentes antioxidantes e antinflamatórios, acrescenta benefícios para a saúde”.

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