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O verão e o combate ao furto

Por a 7 de Outubro de 2019 as 10:57

david-perez-checkpointPor David Pérez del Pino, diretor geral da Checkpoint Systems em Espanha e Portugal

Ao longo dos 365 dias do ano, os retalhistas debatem-se, quotidianamente, com perdas e furtos, muitas vezes desconhecidos, mas há alturas do ano em que estes se fazem sentir de forma mais perene: o inverno e o verão são as épocas do ano em que as perdas são mais acentuadas, lançamento de novas coleções ou novos produtos, assim como fins-de-semana são os momentos mais críticos para o sector retalhista.

O furto externo por parte dos consumidores continua, de acordo com o novo relatório ‘Retail Security in Europe. Going beyond Shrinkage’, realizado pela Crime&Tech, uma organização da Università Cattolica del Sacro Cuore – Transcrime com o apoio da Checkpoint Systems, a ser o que mais se faz sentir em termos de perdas em toda a Europa – alcançando 38,2% das perdas no verão (chegando a valores mais elevados no inverno – uma tendência que ficará a dever-se à época do natal).

As épocas festivas e estivais sempre se apresentaram como momentos de interesse por parte dos ladrões, sobretudo em zonas de maior afluência, sejam grandes meios comerciais ou zonas de lazer e veraneio onde as densidades populacionais flutuam e aumentam muitíssimo, colocando em maior precariedade a segurança dos artigos e das lojas. Neste sentido, os produtos que são mais apetecíveis acabam por ser os alimentares e os de roupa, com índices de furto mais elevados que outos artigos. Destacam-se apenas os artigos de luxo que, atualmente, e de acordo com o novo relatório, apresentam uma tendência de incremento do furto.

Numa tentativa de combater esta situação, os retalhistas continuam a investir nos sistemas de segurança, sendo de destacar o crescimento no uso das tecnologias RFID por 7,6% dos comerciantes. Mas as medidas mais habituais continuam a ser as tradicionais: sistemas EAS, videovigilância e alarmes ligados às centrais – alguns dos quais os ladrões já sabem como contornar, sendo necessário que os retalhistas considerem o investimento nas medidas de combate à perda um gasto constante e bem aplicado na hora de melhorar a visibilidade dos seus produtos e no combate ao crime.

De um modo geral, observamos claramente que a tendência do furto se mantém apesar dos diferentes sectores e épocas do ano. A capacidade de identificar momentos análogos e de maior perda será, com certeza, de mais-valia para os retalhistas, mas será sempre um combate coeso e sistemático ao longo de todo o ano e todas as frentes que ajudará a diminuir as perdas e, simultaneamente, a aumentar as vendas.

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