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Novas taxas aplicadas pelos EUA a bens alimentares da UE podem afetar 34.000 retalhistas

Por a 4 de Outubro de 2019 as 11:24

retalhoAs novas taxas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos da União Europeia podem gerar uma queda das vendas e prejudicar trabalhadores de 14.000 retalhistas especializados no canal alimentar e outros 20.000 distribuidores nos Estados Unidos, prevê a associação norte-americana Specialty Food Association citada pela Reuters.

Numa altura em que se aproxima a época festiva de elevado consumo do Natal, a associação alerta para o aumento dos preços aos consumidores em produtos que tipicamente enchem os carrinhos de compras nesta altura do ano, como queijos e charcutaria. O impacto pode ser “dramático”, alerta a associação.

Em causa está a decisão dos Estados Unidos de subir para 25% os impostos de produtos agroalimentares importados aos Estados-membros, como carne de porco, iogurte, queijos, vinhos ou frutas. 

A medida, que começa a ter efeito já a partir de 18 de outubro, foi apresentada na passada quarta-feira depois de a Organização Mundial do Comércio (OMC) dar luz verde ao governo dos Estados Unidos para subir as tarifas até 100%, numa resolução do litígio que se prolonga há quase 15 anos que envolve subsídios considerados ilegais concedidos à Airbus pela União Europeia.

“Durante anos, a Europa tem vindo a fornecer altos subsídios à Airbus que prejudicam seriamente a indústria aeroespacial norte-americana e seus trabalhadores”, declarou o representante do comércio do governo de Donald Trump, Robert Lighthizer.

Os produtos alimentares enfrentam no entanto um maior impacto, já que as tarifas aplicadas às aeronaves compradas à União Europeia fixam-se, na mesma medida, em 10%. 

As exportações de Portugal para os Estados Unidos são afetadas no que diz respeito a produtos como carne de porco, queijo, iogurtes ou frutas. Outros produtos são o whisky escocês, o vinho francês ou o queijo suíço, num total de 7,5 mil milhões de dólares em produtos importados pelos Estados Unidos. A lista de produtos afetados tem oito páginas e foi dada a conhecer este semana depois da decisão da OMC.

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