OMS alerta que produtos para bebé têm excesso de açúcar
Dois estudos da Organização Mundial da Saúde indicam que uma grande proporção da alimentação infantil é incorretamente comercializada como adequada para bebés com menos de seis meses e queedulcorantes
Os estudos, que analisaram 7.955 bebidas ou alimentos comercializados para bebés e crianças em 516 lojas das cidades de Viena, Sofia, Budapeste e Haifa, concluíram que, nas quatro cidades, uma grande proporção de produtos, entre 28% a 60%, foi comercializada como adequada para bebés com menos seis meses.
A OMS avança que, em três cidades, metade ou mais dos produtos forneciam mais de 30% das calorias através dos açúcares.
Em cerca de um terço dos produtos, o açúcar, o sumo de frutas concentrado ou outros elementos edulcorantes fazem parte da lista de ingredientes. “Estes aromas e açúcares adicionados podem afetar o desenvolvimento das preferências do sabor das crianças aumentando o gosto por alimentos mais doces”, alerta a OMS.
A OMS, embora saliente que esta prática é permitida pela União Europeia, refere que não “presta homenagem ao Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno” nem ao Guia da OMS.
O estudo salienta que, embora alimentos como frutas e vegetais que contêm açúcares sejam apropriados para bebés e crianças, o nível muito alto de açúcares livres em produtos como o puré é também motivo de alerta.
A OMS recomenda que as crianças devem ser amamentadas exclusivamente nos primeiros seis meses de vida, afirmando que os alimentos não devem ser anunciados como sendo destinados a bebés com menos de seis meses de idade. Os estudos mostram que muitas empresas não seguem estas recomendações.