ANPOC lança marca de cereais para contrariar diminuição da produção

Espera-se um um volume de negócios em dois anos de 2,5 milhões de euros

A Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC) apresentou a marca ‘Cereais Do Alentejo’.

A ANPOC prevê gerar um volume de negócios de 2,5 milhões de euros em dois anos, envolvendo dez mil toneladas de cereal e uma área cultivada de mais de 3.300 hectares.

“A criação da marca ‘Cereais do Alentejo’ surge na sequência do lançamento da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais em Portugal, coordenada pelo Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral e na qual a ANPOC teve intervenção, mas também num contexto em que a segurança alimentar e a saúde pública têm vindo a tornar cada vez mais exigentes normas que garantam a proveniência dos produtos agroalimentares”, refere José Pereira Palha, presidente da ANPOC, citado em comunicado.

A marca é constituída por cinco organizações de produtores, entre os quais a Cersul – Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul, a Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches, a Cooperativa Agrícola de Beringel, a GlobAlqueva e a Procereais.

A ANPOC celebrou contratos com a Germen e com a Sonae para a comercialização de produtos produzidos com cereais do Alentejo. Também para a comercialização, A ANPOC assinou um acordo com a Cerealis e a Auchan.  Há ainda uma parceria com a Cerealis para a produção das massas com o selo ‘Cereais do Alentejo’.

A ‘Cereais do Alentejo’ é lançada num momento em que a produção de cereais encontra-se em baixa. A produção de cereais, em 2018, foi de 121 mil hectares, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. “Nos últimos 30 anos, a área de produção em Portugal baixou de 900 mil hectares para cerca de 200 mil. Há que inverter esta tendência e tornar o setor mais atrativo. Ao criar uma marca única, que une produtores, investigação e indústria dos cereais estamos a dar o primeiro passo”, termina o presidente da ANPOC.