Trabalhadores dos armazéns da DHL Portugal ameaçam greve depois do final de junho
Os trabalhadores dos armazéns de logística da DHL Exel Supply Chain Portugal admitem entrar em greve caso a empresa não atenda às reivindicações que foram entregues à administração da empresa depois de 13 de maio, dia do último plenário de trabalhadores, adiantou Ricardo Mendes, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), ao Hipersuper.
O sindicato transmitiu à administração várias reivindicações, entre elas o aumento de 40 euros no salário de todos os trabalhadores, garantindo a diferenciação salarial das diferentes categorias e considerando a antiguidade sem discriminações.
O CESP está à espera de uma reposta da empresa até ao final de junho. “Se a empresa não atender às reivindicações, os trabalhadores entrarão em greve e farão piquetes de greve”, avança Ricardo Mendes.
Os trabalhadores, que estiveram reunidos em plenário a 10 e 13 de maio, exigem que seja atribuída uma diuturnidade de 28 euros por cada três anos ao serviço da DHL, até ao máximo de cinco diuturnidades.
Outra reivindicação prende-se com o aumento de 1 euro por dia no subsídio de refeição. Quanto aos trabalhadores precários, o sindicato exige que estes passem a exercer funções com caráter permanente. Ricardo Mendes adianta que os trabalhadores precários têm contratos semanais e de um mês. O CESP também exige 25 dias de férias, que, entretanto, foram retirados pela empresa.
Surge ainda como exigência que o trabalhador, em caso de faltas dadas por doença devidamente comprovada, tenha direito a receber a diferença entre o salário líquido do trabalhador e o subsídio atribuído pela Segurança Social até ao limite de 30 dias por ano.
E em caso de acidente que resulte em incapacidade absoluta, os trabalhadores reivindicam o direito a receber a diferença entre o valor pago pela seguradora e o salário líquido do trabalhador.