LetterOne e Santander chegam a acordo e salvam grupo DIA

O fundo LetterOne e o banco Santander chegaram esta segunda-feira a acordo em relação ao refinanciamento da dívida de longo prazo do grupo DIA, o que significa a salvação da companhia de retalho, que na semana passada anunciou ter chegado a acordo com 16 dos 17 credores, ficando de fora o banco Santander.

A reunião entre o os representantes da LetterOne e do Santander decorreu na manhã desta segunda-feira, na tentativa de as duas partes resolverem o impasse que estava a impedir a conclusão de um acordo. Um dos pontos a gerar divergência era a pretensão do fundo detido pelo magnata russo usar parte do financiamento para pagar aos obrigacionistas.

“Finalmente, o presidente da LetterOne comprometeu-se a trabalhar para eliminar a discriminação entre detentores de obrigações e os bancos do DIA, o que acreditamos ser um tratamento justo. O Santander, de forma responsável, decidiu apoiar o DIA e os seus empregados”, anunciou Ana Botin, presidente do Santander, no Twitter.

Fridman recusava-se a pagar um euro da dívida antes de 2023, enquanto o Santander defendia o acordo que os bancos atingiram com a companhia de distribuição antes do lançamento da OPA, segundo o qual o grupo DIA amortizava mais de 200 milhões de euros da dívida bancária, provenientes do aumento de capital e das vendas da Clarel e da Max Descuento.

Existem 300 milhões de títulos que expiram em junho.  O Santander defende que, se não houver reembolso da dívida bancária, os obrigacionistas não poderão cobrar 100% do seu investimento. O banco presidido por Ana Botin exige que os obrigacionistas assumam parte do pagamento da dívida, como avança a imprensa espanhola.