Correos investe quatro milhões de euros em Portugal

A Correos, que vai entrar no mercado português através da aquisição por 11,22 milhões de euros de 51% da Rangel Expresso, pretende investir quatro milhões de euros nos próximos três anos em Portugal. “Nos primeiros três anos, vamos ter quatro milhões de euros de investimento em tecnologia para automatizar os processos em Portugal”, adiantou esta quarta-feira em conferência de imprensa Juan Manuel Serrano, presidente da Correos.

Com este negócio, que está à espera da aprovação da Autoridade da Concorrência, pretende-se que a “rede de 24 horas tenha a mesma qualidade do que em Espanha”, afirmou o responsável.

“O objetivo é aumentar a quota de mercado até 2023. Neste momento a Rangel tem 6 milhões de encomendas. Pretendemos duplicar e chegar aos 12 milhões”, acrescentou o responsável.

A empresa prevê, nos próximos cinco anos, entregar 35 milhões de encomendas a partir de e para Espanha.

Sobre a entrada em Portugal, o primeiro passo na internacionalização da Correos, Juan Manuel Serrano referiu que é uma forma de “dar resposta à procura dos nossos clientes”. “O governo português está a fazer grandes esforços na economia digital, logo há uma tendência para o aumento do comércio online em Portugal”, salientou o presidente da Correos, empresa que vai atuar em Portugal através da filial Correos Express.

Em relação a futuros passos no caminho da internacionalização da empresa, Juan Manuel Serrano afirmou que a prioridade é consolidar a operação em Portugal. “O que queremos é estabilizar o serviço. Queremos que seja a melhor e a maior empresa em Portugal”.

O responsável disse ainda que a empresa já está, através da Rangel, a operar em Portugal. Mas a integração da operação será feita apenas após o parecer da Autoridade da Concorrência, que se espera que seja emitido até ao final de abril, referiu Nuno Rangel, presidente executivo da Rangel.

A Correos Express contará em Portugal com 160 colaboradores e 12 centros que a Rangel detém em Portugal. “Investiremos paulatinamente em infraestruturas e em pessoal à medida que aumentemos a quota de mercado”, assegurou Juan Manuel Serrano.

A escolha da Rangel, afirmou, deveu-se à “sua experiência e reputação no mercado”. Sobre a eventual aquisição dos restantes 49% da Correos Express Portugal Juan Manuel Serrano afiançou que a prioridade é “ter um sócio para nos ajudar a crescer e que conheça o mercado”.