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Conheça a plataforma que reúne as boas práticas da economia circular na Europa

Por a 29 de Março de 2019 as 14:44

Economia CircularA Organização Não Governamental (ONG) Green Economy Foundation, a Comissão Europeia e o Comité Económico e Social Europeu lançaram, em parceria, a European Circularity Economy Stakeholder Platform. “A plataforma é resultado de um projeto social que junta académicos, económicos, políticos, empresas e líderes dos países europeus para mapear e mobilizar a transição para uma economia circular”, contou Cilian Lohan, CEO da Green Economy Foundation, que esteve em Portugal para participar na conferência “Pensar o futuro de forma circular”, organizada pela Sociedade Ponto Verde.

Cilian convidou as empresas portuguesas a inscreverem-se na plataforma para partilhar as suas experiências e consultar bons exemplos do que se está a fazer nesta matéria no velho continente.

“A European Circularity Economy Stakeholder Platform nasceu no seio do Comité Económico e Social Europeu para fazer um retrato das boas práticas da circularidade na Europa. Criámos um grupo de coordenação, com representantes do setor académico, governos locais, redes de networks nacionais e organizações da sociedade civil”, disse.  E acrescentou: “para potenciar estas sinergias, desenvolvemos um website que é utilizado pela União Europeia para consultar o que está a acontecer e como está a decorrer a transição para uma economia circular. Temos espaço para estratégias, boas práticas e exemplos que podem partilhados. Temos atualmente cerca de 200 boas práticas de todos os Estados-membros”.

Cilian LohanPara o CEO da Green Economy Foundation, a transição para uma economia circular europeia está a dar os primeiros passos. “Vemos algumas das grandes empresas a começar a movimentar-se nessa direção porque veem as políticas também a irem nessa direção. O ‘shift’ está a mudar. E muitas das mudanças que aí vêm acredito que vão ser conduzidas pela indústria”.

Chegar a esta fase não foi tarefa fácil, conta. “Inicialmente, o discurso da ONG estava focado na plantação de árvores e na floresta e pregávamos estas grandes ideias de sustentabilidade e recursos eficientes, mas não tínhamos audiência. Falávamos apenas para outros grupos ligados ao meio ambiente. Uma vez por ano tínhamos uma reunião com o ministro do Ambiente, mas não estávamos a conseguir operar uma transformação efetiva na sociedade”.

Foi preciso uma mudança no discurso para ganhar a atenção de políticos, empresas e da sociedade civil. “Começámos a falar sobre criação de emprego e crescimento através da aposta numa economia verde, na economia circular e na exploração de recursos de forma eficiente e, de repente, as pessoas começaram a ouvir, sobretudo os políticos. Passámos de uma audiência com um ministro para reuniões com nove chefes de departamentos governamentais e ministeriais no ano seguinte. Porque estávamos a falar de oportunidades e da criação de postos de trabalho. E foi assim que ganhámos a atenção do Comité Económico e Social Europeu, um órgão consultivo que tem o poder de influenciar as decisões políticas na União Europeia”, termina.

 

 

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