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“Alimentaria tem impacto económico entre três a quatro milhões de euros”

Por a 27 de Março de 2019 as 15:48

Fátima Vila MaiorO conceito da Alimentaria assentou este ano nos eixos da inovação e dos novos produtos. E o objetivo é cada vez mais direcionar a feira não só para a distribuição, mas também para o canal Horeca, referiu em entrevista ao Hipersuper Fátima Vila Maior, diretora de área de feiras da FIL.

Numa feira que tem um impacto económico, em Lisboa, entre três a quatro milhões de euros, revelou a responsável, o número de visitantes subiu este ano entre 10% a 15% relativamente à edição passada. “A nossa faturação é pequena. É incipiente em termos do que pode ser para a cidade. Estamos a falar de empresas de construção de stands, de hotéis. Tudo isso tem impacto na cidade”, afirmou a Fátima Vila Maior.

Em jeito de balanço, a responsável acrescentou que a feira está cada vez mais direcionada para o canal Horeca: “o evento correu de uma forma fantástica. O crescimento foi muito bom. É uma feira que assumidamente, para além da distribuição, está muito direcionada para o canal Horeca. E Portugal, sendo um país de turismo, obviamente que o canal Horeca é fundamental”.

O número de expositores cresceu. “Há dois anos tínhamos mais de 600. Este ano chegámos quase aos 800”, adiantou. E o número de visitantes internacionais também. “Subimos entre 10% a 12%”, adiantou Fátima Vila Maior.

Mas houve expositores que, contatados pelo Hipersuper, referiram ter percecionado, em relação à edição anterior, um número menor de visitantes. Fátima Vila Maior rebateu: “crescemos 12%, mas crescemos em profissionais. E a postura do profissional é diferente da postura do grande público. Esta feira foi sempre uma feira de profissionais. Este ano fomos muito criteriosos. Pela primeira vez foi implementado um serviço, um sistema, não só em termos de bilhética, mas em termos de comunicação, para o profissional. Esta feira está maior, não obstante termos feito um esforço muito grande em diminuir a malha. Este ano só entraram na feira profissionais. E mesmo assim subimos bastante o número de profissionais do setor”.

Questionada sobre a possibilidade de a Alimentaria poder ser uma feira com um pendor mais internacional, tal como ocorre em Barcelona, a diretora de área de feiras da FIL assumiu que se trata de duas realidades diferentes. “Estamos a trabalhar para isso. Mas a Alimentaria Barcelona é uma feira que tem uma dimensão completamente diferente. A capacidade da indústria espanhola é quatro vezes superior. Obviamente que gostaríamos que fosse uma feira tão internacional como a Alimentaria Barcelona, que tem um potencial enorme”.

E apontou objetivos para o futuro: “queremos ter um potencial enorme em termos de qualidade. E é aí que nós trabalhámos. Na diferenciação, nos produtos portugueses de grande qualidade, na exportação de maior valor acrescentado e na colocação maior dos produtos portugueses”.

A feira, em suma, direcionou-se para a inovação e para os novos produtos, em virtude da mudança de comportamento dos consumidores. “Os consumidores querem produtos que tenham a ver com o bem-estar e a saúde. E já houve uma zona dedicada a isso, sobretudo ao nível de inovação. Temos um conjunto de startups que estão a interagir com as empresas. Temos algumas empresas que são ícones na inovação”, rematou Fátima Vila Maior.

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