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Casa Grande investe meio milhão de euros para lançar marca Not Guilty na moderna distribuição

Por a 15 de Março de 2019 as 16:50

João Vitor_fabrica de chocolatesA Fábrica de Chocolates Casa Grande investiu meio milhão de euros para lançar a marca Not Guilty na moderna distribuição. Nas contas de João Pinho Vitor, CEO da empresa de Famalicão, a marca vai vender 1,2 milhões de euros no primeiro ano de atividade.

Como e em que circunstâncias decidiram criar esta marca? Quando chegou ao mercado?

A Not Guilty – The Right Way – está no mercado desde janeiro de 2019. Quando em meados de 2017 assumimos a gestão da Fábrica de Chocolates comprámos imensos estudos de mercado para perceber o setor e, acima de tudo, saber quais as expetativas do consumidor em relação ao chocolate e ao seu consumo. Num desses estudos percebemos que o chocolate é, muito provavelmente, o alimento mais apreciado no mundo. Percebemos ainda que o consumo de chocolate será sempre um momento de prazer. Mas o consumidor moderno de hoje procura chocolate com bons nutrientes. Entendemos, portanto, que existia um vazio na oferta de chocolates que entreguem ao mesmo tempo sabor e nutrição positivos. É aqui que nasce a Not Guilty – The Right Way.

A marca resulta de um investimento de meio milhão de euros? Onde foi concretamente aplicado este valor?

O investimento foi sobretudo em estudos de mercados, I&D, análise sensoriais, análises nutricionais, marketing e comunicação, para que a proposta de valor fosse alinhada com o que consumidor moderno procura e para que a mensagem chegue de modo muito genuíno.

Qual é a proposta de valor desta marca? O que traz de novo ao mercado português?

Como um chocolate saboroso em que o puro prazer e a nutrição positiva coexistem com igual importância, esta é a nossa proposta de valor. Acreditamos que fazemos a diferença num mercado que, por um lado, está saturado na oferta de chocolates indulgentes baseados em alto teor de açúcar refinado e pobre no seu perfil nutricional e, por outro lado, com oferta de chocolates ricos no seu perfil nutricional, mas que sensorialmente fazem perder o prazer de comer chocolate. Entendemos que existe um vazio na oferta de chocolates que entreguem ao mesmo tempo sabor e nutrição positivos. Mas queremos fazer isto de forma correta, com as melhores práticas, com os melhores ingredientes, com preocupações sociais, ambientais, nutricionais e sensoriais.

Qual é o público-alvo desta nova marca?

Um consumidor moderno e informado que tem uma real preocupação com a sua alimentação e com a qualidade do que ingere. Que quer ter prazer ao ingerir chocolate, mas ao mesmo tempo quer ingerir bons nutrientes. Chocolate com nutrição positiva.

Que objetivos traçaram para o primeiro ano de atividade da marca?

Este ano, que é o chamado ano zero da marca, será de implementação da marca no mercado nacional. Queremos ganhar distribuição geográfica para que sejamos uma marca disponível a todos os consumidores. Ao mesmo tempo, queremos trabalhar muito no online e no offline, sabemos que temos de trabalhar de forma séria e focada o omnichannel para que a mensagem seja difundida. Relativamente aos nossos objetivos, temos estimados 1,2 milhões de euros em vendas para este ano zero, e pelos contratos já assinados e pelo entusiasmo sentido, achamos que vamos atingir esse objetivo.

Já conquistaram as prateleiras do Auchan, E´Leclerc, Apolónia. E estavam a chegar ao Intermarché, Froiz, Continente e Pingo Doce. Já se concretizou a entrada nestes três retalhistas? Quais são os próximos passos em matéria de expansão da marca na distribuição organizada?

Todas as semanas temos tido novidades do mercado. Os nossos próximos passos estão centrados no aumento de distribuição numérica, acreditamos que esta será uma loved brand que todos irão gostar de consumir. Já assinamos acordo de fornecimento com o Continente, Intermarché, Froiz, Makro e estamos a concluir o acordo com a Jerónimo Martins. Aguardamos a qualquer momento as primeiras encomendas.

Planeiam lançar a marca em novos canais de distribuição? Quais?

Nos aeroportos acabamos de fechar um acordo amplo com o grupo Áreas e outro, também importante, com as Lojas Francas de Portugal que já colocou a sua primeira encomenda. Noutro canal, de conveniência nos postos de combustível, fechamos acordo com a Cepsa, Prio, Repsol, e aguardamos a aprovação final da BP. Isto ocorre precisamente porque estes parceiros procuram exatamente aquilo que a nossa proposta de valor oferece – chocolates com prazer e nutrição.

Onde é fabricada esta marca? Tiveram de fazer adaptações na unidade fabril para fabricar a nova marca?

É na nossa unidade industrial de Ribeirão – Famalicão, onde já começamos a fazer um investimento total de cerca de 1,5 milhões de euros em modernização industrial para podermos produzir a Not Guilty. Acreditamos, com este investimento, que teremos a fábrica de chocolates funcionais mais moderna de Portugal e uma das mais modernas da Europa e isso começa já a ser reconhecido pelo mercado. É por isso que os nossos novos clientes nos contactam, para desenvolvermos produtos funcionais com nutrição positiva, produtos diferentes e de futuro.

Um dos objetivos da marca é a internacionalização em 2020. Vão abrir escritório noutras geografias ou estamos a falar de exportação?

Apesar de ainda estarmos numa fase muito inicial de presença da marca no mercado nacional, já recebemos alguns convites interessantes para iniciar a internacionalização. Consideramos, no entanto, ser ainda muito cedo. Em 2019, queremos estar sobretudo focados em Portugal e no mercado interno. Queremos ganhar distribuição numérica, trabalhar na atratividade do ponto de venda, fazer atividades promocionais e de divulgação da marca, tudo isto com o intuito de levar a marca ao maior número possível de consumidores. Temos como foco iniciar com exportação e, depois, nos mercados mais importantes para a marca, abrir escritórios comerciais.

A Fábrica de Chocolates Casa Grande também tem operação no retalho. Abriram as dez lojas previstas para 2018? Como está a evoluir esta área de atividade?

Atualmente temos três lojas próprias e parcerias com outros players importantes como sejam as Lojas Francas de Portugal, Áreas, Paupério, Leitaria da Quinta do Paço e Fnac. É com os parceiros certos que queremos continuar a crescer. No caso da Fnac crescemos em todos os indicadores e fomos um dos operadores que mais evoluiu neste último ano, isto diz bem do trabalho que temos vindo a desenvolver. Estamos já com propostas para alargar as nossas parcerias, em Portugal e fora.

*Entrevista originalmente publicada na edição impressa de março do Jornal Hipersuper

 

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