As seis forças que estão a mudar (e de forma acelerada) o setor de transportes e logística

As empresas de transporte e logística têm de se preparar para o futuro. E o futuro vai chegar depressa. “Com o crescimento do e-commerce e a população mundial a chegar aos 11 biliões em 2050, prevê-se que o volume de encomendas quadruplique até lá”, revela a 3ª. edição do estudo “Beyond – Portugal Digital Transformation”, da EY Portugal.

A consultora resume em seis as forças que estão a mudar as empresas do setor de transporte e logística, “num mundo onde já não existem barreiras de entrada. A concorrência vem de todas as direções e a digitalização será o principal agente de mudança”.

1.O impacto da crescente incerteza global no setor

Diversos estudos apontam que a disrupção na cadeia de abastecimento global tenha resultado em custos e perdas de 56 mil milhões de euros só na Europa. A crescente turbulência económica, o protecionismo e a instabilidade geopolítica estão a forçar os players de transportes e logística a adotar novos modelos de negócio e novas alianças.

2.As oportunidades e os desafios da urbanização

Com o surgimento das megacidades, os operadores de transporte e logística têm de lidar com os desafios da logística urbana, incluindo o congestionamento de tráfego, as dificuldades de loading e unloading e a last-mile delivery, com o aumento de escala à medida que o e-commerce aumenta a complexidade.

3.Digitalização coloca o cliente no centro da supply chain

As tecnologias digitais irão transformar estes setores com novas formas de capturar sinergias locais e eficiências globais, mas também criar crescentes expetativas do cliente e desafios de segurança. A digitalização redefine a supply chain a partir do cliente no centro do negócio.

4.O papel da colaboração na inovação tecnológica

A disrupção dos modelos de negócio tradicionais já não é exclusiva de startups, com incumbentes a colaborar ativamente com o ecossistema empreendedor para explorar tecnologias inovadoras. Esperamos um crescente grau de integração horizontal e vertical na cadeia de valor, assim como redes de transportes otimizadas em tempo real, revela a EY Portugal.

5.As competências chave do talento do futuro

As novas tecnologias requerem um conjunto específico de competências e conhecimentos, como big data, robótica, design thinking e agile. A EY antecipa o aumento dos custos de atração e retenção de talento com estas competências.

6.Sustentabilidade e transparência no ecossistema

Os intervenientes do vasto espaço de mobilidade, incluindo consumidores, acionistas e entidades governamentais, valorizam cada vez mais novas práticas inerentes ao setor, nomeadamente a sustentabilidade, condições laborais e compliance ambiental. Os ajustes nos modelos de negócio e articulação na cadeia de abastecimento irão refletir estas exigências.