Pingo Doce investe em laboratório de ADN dos produtos

Pedro Soares dos Santos, presidente grupo Jerónimo Martins

O Pingo Doce vai investir num laboratório de ADN para fazer a rastreabilidade dos produtos dos seus fornecedores, anunciou esta segunda-feira Pedro Soares dos Santos, CEO do grupo Jerónimo Martins, no âmbito da parceria celebrada com a CUF para sensibilizar os portugueses a reduzir o consumo de sal.

O investimento vai variar entre 300 a 400 mil euros e o presidente da Jerónimo Martins estima que o laboratório esteja pronto dentro de um ano e meio. O futuro laboratório ficará instalado num dos armazéns em Lisboa. “Em Portugal não há nenhum laboratório de ADN alimentar. Damos um caderno de encargos a um fornecedor, depois quando ele entregar o produto, nós vamos analisar o produto”, afirmou Pedro Soares dos Santos.

Soares dos Santos afirmou que o laboratório “é a garantia da marca”. “O Pingo Doce é uma marca. É talvez a marca própria mais bem aceite em Portugal pelos consumidores. Como marca temos de estar sempre à frente e garantir que tudo aquilo que fazemos é importante. Uma das maiores fraudes futuras na alimentação vai ser os ingredientes, explicou.

No âmbito da parceria com a CUF, Pedro Soares dos Santos lembrou o esforço feito pela cadeia de retalho na redução do sal. “Retirámos 70 toneladas de sal nos últimos oito ou nove anos nos nossos produtos de marca própria”, afirmou.

O governo tem em marcha um protocolo com as cadeias de retalho para reduzir em 16% o teor de sal em produtos como o queijo, o fiambre, tostas , bolachas e batatas fritas até 2021. Pedro Soares disse que, em relação ao pão, o Pingo Doce vai antecipar em dois anos o que a lei permite.