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Produção de vinho poderá ser das mais baixas dos últimos 20 anos

Por a 21 de Novembro de 2018 as 11:20

vinho verdePortugal, em 2018, poderá atingir os mais baixos valores de produção de vinho dos últimos 20 anos. A produção deverá sofrer um decréscimo de 20% em relação a 2017, situando-se nos 5,2 milhões de hectolitros, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

A produção de vinho em 2017 foi de 6,5 milhões de hectolitros. “Na vinha, a extensão dos prejuízos causados pelas elevadas temperaturas foi variável, mas estendeu-se por quase todas as regiões vitivinícolas, prevendo-se uma das menores produções de vinho das últimas duas décadas”, refere o INE.

Para esta descida acentuada da produção contribuíram as altas temperaturas em agosto. O calor em excesso “causou escaldões nos bagos, embora com reflexos distintos em função da casta, da exposição e da idade da vinha”, indica a mesma fonte.

Com exceção do Algarve e do Alentejo, todas as regiões assistirão a uma diminuição da produção de vinho. O Algarve, comparando com 2017, terá um crescimento de 5%. O Alentejo deverá terminar o ano com uma produção semelhante a 2017.

O documento das Previsões Agrícolas do INE não específica, no entanto, as quebras sofridas nas restantes regiões.

Menor produção de azeitona
Em relação à azeitona, a sua produtividade deverá recuar 15% em relação a 2017. Essa produtividade, no entanto, encontra-se acima da média dos últimos cinco anos. “Tal como na maioria das culturas permanentes, a maturação da azeitona para azeite encontra-se atrasada mais de um mês face à campanha anterior. A carga nos olivais tradicionais de sequeiro (que representam cerca de ¾ da área total desta cultura) é bastante heterogénea, tendo, duma forma generalizada, beneficiado da precipitação ocorrida ao longo de outubro, verificando-se um aumento do calibre da azeitona”, refere o documento.

“Nos olivais intensivos e superintensivos de regadio não se registaram restrições à utilização de água de rega, se bem que a carga de frutos também seja inferior à do ano anterior. Globalmente estima-se uma produtividade 15% inferior à alcançada em 2017”, acrescenta.

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