Produtor de uva Vale da Rosa investe €100 mil para potenciar turismo na herdade alentejana

Joaquim Praxedes, gestor geral da Vale da Rosa

O produtor de uva de mesa Vale da Rosa investiu cerca de 100 mil euros para lançar um programa de enoturismo na herdade localizada em Ferreira do Alentejo.
“Estamos a criar uma empresa de turismo de visitas à herdade. Sem qualquer tipo de estrutura e de capacidade humana, estávamos a receber cerca de 10 mil pessoas por ano. A nossa colheita dá-se entre junho e novembro e como recebíamos muitas pessoas nessa altura acabava por atrapalhar. Criámos então estruturas no sentido de tirar partido deste interesse e para divulgar o nosso trabalho”, disse Joaquim Praxedes, gestor geral da Vale da Rosa, por ocasião do debate “A importância da marca”, que decorreu esta quarta-feira, inserido na iniciativa “Portugal Exportador”.
A Vale da Rosa criou programas e visitas temáticas a pensar em grupos escolares, universidades, excursões de seniores e turistas. “Não se pode dizer ainda que é um grande projeto de turismo. Mas pode vir a sê-lo. Por enquanto, é uma forma de divulgarmos o nosso trabalho e impulsionar a notoriedade da marca. Estamos a organizar visitas à propriedade, explicar como se faz o nosso produto. Vamos fazer almoços debaixo das nossas vinhas acompanhadas com o canto alentejano. E deixar os visitantes colherem as suas uvas”, acrescentou.
A empresa produz 13 variedades de uva de mesa, sete das quais sem grainha. “Quando lançámos a uva sem grainha em Portugal era praticamente um produto inexistente no país”, conta Joaquim Praxedes. A herdade tem 250 hectares de vinha em pérgola. Um total de 25% da produção de uva é vendida nos mercados internacionais, como Inglaterra, Holanda, França, Alemanha, Angola e China. França é atualmente a grande aposta da empresa portuguesa na estratégia de exportação. A Vale da Rosa fatura cerca de 15 milhões de euros.