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Os cinco desafios estratégicos da economia portuguesa, segundo Luís Marques Mendes

Por a 17 de Outubro de 2018 as 17:53

Gs1Portugal enfrenta cinco grandes desafios estratégicos, na opinião de Luís Marques Mendes: o crescimento económico, a coesão social e territorial, a redução da divida pública, a aposta na indústria 4.0. e a qualidade dos decisores políticos.

“Estes desafios não são partidários. São desafios de longo prazo (…) para alcançar a sustentabilidade económica e melhorar a qualidade da nossa democracia (…) aproveitando este era em que estamos em alta no mundo global”, disse o ex-líder do PSD, advogado e consultor, perante uma plateia recheada de profissionais do setor do grande consumo, por ocasião do congresso da GS1 Portugal, que teve lugar hoje, em Lisboa.

O primeiro grande desafio de Portugal é o crescimento económico. E para o acelerar, Portugal tem de estabelecer três grandes prioridades, assegura Luís Marques Mendes. Aumentar a competitividade fiscal, “se fizemos as contas à taxa de esforço fiscal estamos acima da média europeia, só temos seis países à nossa frente”, sustenta. Reforçar a internacionalização da economia, “as exportações devem contar 50% da riqueza do país”. E investir em investigação de desenvolvimento: “se, em termos per capita, estamos no topo do ranking europeu em termos de inovação, quando falamos em investigadores dentro das empresas estamos na cauda da Europa”.

O segundo grande desafio que o país enfrenta é garantir a coesão social e territorial. Na área social temos “de apostar em saúde, em educação e sobretudo ter a ousadia de combater o problema demográfico. Em 2050 teremos a mesma população que tínhamos em 1960”, avança. Na área da coesão territorial é preciso diminuir as assimetrias regionais, indica. “Em 32 anos de integração europeia, Portugal recebeu em fundos europeus de mais de 100 mil milhões de euros. Mas as assimetrias regionais não diminuíram neste período. Estamos exatamente iguais ao que estávamos há 32 anos”. E aconselha: “É preciso negociar com a União Europeia um IRS de base zero para quem investe no interior do país”.

Reduzir a divida pública é o terceiro grande desafio. A divida “pode ser uma bomba a detonar a qualquer momento, basta que a economia europeia e mundial comece a arrefecer”, garante.

Apostar na indústria 4.0. é mais um desafio. “Nesta revolução tecnológica e digital não podemos falhar. Até porque não exige capitais intensivos nem recursos” só ao alcance de outros, acrescenta.

Por último, a melhoria da qualidade dos decisores políticos. “A qualidade dos decisores políticos em Portugal está a diminuir de forma assustadora” (…) O mérito é muitas vezes “substituído pelo carreirismo”, remata.

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