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Fruut conquista retalho francês

Por a 18 de Setembro de 2018 as 13:33

FruEatA marca portuguesa que dá vida nova à fruta desperdiçada chega em outubro aos lineares de uma cadeia francesa de hipermercados. Inglaterra e Alemanha são os próximos destinos da Fruut

Os snacks de fruta desidrata Fruut conquistaram uma cadeia francesa de hipermercados. A entrada nos lineares do retalhista gaulês no próximo mês de outubro representa a estreia da marca portuguesa em França. “O mercado francês apresenta um enorme potencial, pela sua dimensão e poder de compra e pelo crescimento da procura de produtos naturais e saudáveis. Um fenómeno que, aliás, acontece em toda a Europa”, indica Filipe Simões, cofundador e diretor executivo da Frueat, dona da Fruut. No final do primeiro ano de atividade, a marca com sede no Porto e produzida em Aveiro espera ter alcançado vendas de 500 mil euros neste novo mercado.

A performance da marca em Espanha motivou os fundadores da Fruut a estudar novos destinos internacionais para crescer. Foi em abril de 2015 que começou a exportar para o mercado espanhol e atualmente o país vizinho tem um volume de negócios superior a Portugal. No final deste ano, deverá pesar 55% nas exportações da Frutea. “Espanha é um mercado estratégico onde queremos ser líderes de mercado. Para isso ser possível, decidimos apostar numa estrutura de marketing e de vendas exclusiva para este mercado e abrimos escritório em Madrid em abril deste ano”, conta Filipe Simões.

A Fruut está presente nas prateleiras das principais cadeias de distribuição em Espanha e deu início à exploração do canal de vending e das gasolineiras. Mas a marca também exporta para fora da Europa. Desde 2016 que vende a fruta desidratada a uma cadeia de retalho japonesa. “Vendemos os nossos produtos numa cadeia de hipermercados com 700 lojas e, sem investimento em marketing, conseguimos um volume de negócios atrativo. [O Japão] é um mercado interessante embora sem peso significativo nos nossos resultados”, detalha o diretor executivo da Frueat.

A operação nos mercados internacionais está baseada em dois modelos de negócio: através de distribuidores locais, que exploram o canal tradicional e o canal impulso, e através da venda direta a grandes cadeias de hipermercados internacionais.

FRUUTNovos horizontes

A empresa está apostada agora em conquistar os mercados inglês e alemão. “Defendemos uma política de pequenos passos, de forma segura e sustentada. Nesse sentido, após Espanha e França, surgem-nos naturalmente os mercados inglês e alemão. São mercados com grande poder de compra e dimensão, que estão perfeitamente enquadrados na tendência internacional da crescente procura de produtos saudáveis e naturais”, explica.

Nos planos da Frutea está ainda a China, embora nesta geografia a estratégia passe por uma abordagem mais transacional. “Trata-se de uma questão de oportunidade e volume”, conta Filipe Simões.

Para dar vazão às encomendas, a Frutea construiu em 2016 uma nova fábrica com um investimento de 1,5 milhões de euros. Está em curso um projeto para aumentar a área da unidade industrial e duplicar a capacidade de produção anual para 13 milhões de embalagens. O projeto tem um investimento de cerca de um milhão de euros e deverá estar concluído em novembro. “Temos objetivos firmes e queremos ser líderes na Europa. Sabemos que para isso ser possível temos que ter capacidade de produção, baixo custo de produção e a melhor qualidade”, revela.

Em julho, a marca assinalou cinco anos de vida. Durante este período, vendeu dez milhões de embalagens e aproveitou 25 milhões de unidades de fruta “feia”.

Apesar da visão internacional, a Fruut tem grandes ambições para o mercado português. “Portugal é o nosso porto seguro”, garante o diretor executivo da Frueat. “Queremos que a marca seja mass market e que chegue a todos os portugueses. Nos próximos anos vamos apostar fortemente no marketing e no lançamento de novos produtos, pois queremos ser reconhecidos como ‘o snack saudável’. Ao fim de cinco anos estamos prontos para subir o próximo degrau: tornarmo-nos uma marca de grande consumo”, remata.

 

 

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