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IKEA estuda abertura de novas lojas em Portugal

Por a 12 de Setembro de 2018 as 11:00

IkeaA marca sueca está a estudar o plano de expansão. Para já, quer aproximar-se dos clientes com o novo projeto de digitalização do canal de vendas online e com um posicionamento mais próximo dos portugueses

A IKEA está a estudar a abertura de novas lojas, estando os responsáveis da empresa a equacionar o plano de expansão da insígnia de retalho em Portugal. “Para já acreditamos muito nas cinco lojas que temos. E agora, com o ecommerce, queremos investir e perceber como é que, do ponto de vista digital, chegamos a mais pessoas. Estamos agora a definir a forma, o formato, que lojas e com que dimensões vamos abrir. Mas a missão em Portugal é crescermos e estarmos mais próximos das pessoas”, referiu ao Hipersuper Helena Gouveia, responsável pelo marketing da IKEA em Portugal, à margem da apresentação do novo posicionamento da marca.

A IKEA tem, neste momento, lojas físicas em Alfragide, em Loures, em Loulé, em Braga e em Matosinhos. Uma das estratégias para aproximar a marca dos clientes é a aposta no comércio online. Neste âmbito, um dos investimentos do retalhista vai ser a realidade virtual. Este investimento traduz-se na possibilidade de os clientes conseguirem visualizar, através do smartphone ou do computador, os produtos em vários ângulos em cinco divisões de loja que foram filmadas para o efeito, além do seu preço.

A implementação de um chatbot e de dispositivos de voz são outras das soluções apresentadas pela marca para personalizar a relação com os clientes. “Quem estiver em Castelo Branco passa a ter acesso à marca e a ter a mesma experiência. E isso vai passar obviamente por toda esta transformação digital que estamos já a viver, vendas online que temos já a funcionar, mas por todas as transformações que queremos desenvolver no próximo ano e de que forma é que fisicamente, no futuro, podemos estar mais próximos dessas pessoas”, explica a responsável.

A nível internacional, as vendas online da IKEA representam cinco por cento do total da faturação. A empresa, que em 2017 faturou 397 milhões de euros e teve 13 milhões de visitantes nas suas lojas em Portugal, aponta como meta chegar à proporção média de vendas digitais no mercado global.  “Queremos e já estamos no caminho de acompanhar essa tendência global. Para já estamos em linha com as projeções globais e queremos crescer. Vemos o ecommerce não como algo isolado, mas como uma parte, mais um canal”, adianta a responsável.

HelenaGouveia_Mkt Ikea

Aproximação aos portugueses

A IKEA apresenta-se no mercado com um novo posicionamento. Pretende a empresa ser mais portuguesa e criar mais empatia com os portugueses e uma relação mais personalizada com os clientes. Com esse propósito, o retalhista adotou como assinatura “Não há casa como a nossa”. “Para as pessoas não sentirem que somos apenas uma marca sueca, mas uma marca que está em Portugal e que está com os portugueses”, esclarece Helena Gouveia. “Acreditamos que a assinatura é uma forma muito simples de dizer tudo aquilo que queremos e ambicionamos criar junto dos portugueses. De facto, como conseguem ter uma casa de acordo com aquilo que sonharam, a preços acessíveis. De que forma é que eles conseguem exprimir a sua personalidade também nas escolhas que fazem”, complementa.

Para dar a conhecer o novo posicionamento, a marca lançou a 23 de agosto uma campanha publicitária que conta histórias de casos reais, de clientes e de colaboradores da marca. Esta é a forma como a marca pretende estar no mercado português, adaptando a sua oferta de forma personalizada às necessidades dos clientes. A marca tem um top of mind de 71%. Mas quer ir mais longe. “Temos uma adesão e um positivismo junto da marca que é muito forte desde o início. Sentimos que é importante cultivar isto da melhor forma. E sentimos que este é o momento em que queremos fazer uma viragem. Ao invés de falarmos de percentagens, é importante irmos de facto ao encontro das pessoas e falarmos com elas” afirma a responsável.

A IKEA quer escutar e olhar para as casas dos atuais e potenciais clientes para lançar várias coleções e estilos ao longo do ano. “Trabalhamos com parceiros que nos ajudam, de acordo com diferentes segmentos de mercado, a conseguir agendar visitas a lares portugueses espalhados por todo o país, principalmente na zona onde temos lojas. Mas também olhando para o nosso plano de expansão. Sempre que temos planos vamos estudar outras áreas do país”, explica. E acrescenta: “Perguntando às pessoas como vivem, como é que lavam a roupa, como secam, como cozinham, como estão em família e como preferem comer aprendemos imenso. Isso faz com que na casa mãe consigamos desenvolver produtos muito mais adequados aos mercados e àquilo que são as necessidades dos mercados”.

Além da mudança de posicionamento, a marca está a apostar na mudança da gama de produtos em cada estação do ano, com novidades, novas tendências e diferentes estilos. “O que havia antigamente era a ideia de que quando chega o catálogo é quando a loja se reinventa e depois todo o ano ela vive da mesma forma. Queremos realmente reforçar no nosso plano de marketing e de comunicação que há quatro grandes momentos decisivos e a cada um desses quatro momentos há uma razão para visitar a loja, que ela está diferente e com novidades”, termina.

*Artigo originalmente publicado na edição de setembro do Jornal Hipersuper

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