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Apps no retalho: Seis boas razões para investir

Por a 25 de Junho de 2018 as 16:15

Apps - ComparaJá.ptNão é segredo que os hábitos de consumo estão cada vez mais virados para o mobile e a tendência é que este canal represente um peso cada vez maior. Já em 2016 um estudo da Marktest indicava que um terço do consumo feito pela Internet tinha como fonte canais mobile, um número que tem vindo a crescer a um ritmo acelerado. Sendo que o futuro parece prever o crescimento deste tipo de consumo, podemos utilizar a clássica frase utilizada pelos Borg, um dos principais antagonistas na série de ficção científica Star Trek: “toda a resistência é inútil”. Os retalhistas (e não só) devem render-se às apps sob pena de perderem quota de mercado. Explicamos porquê em seis pontos

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  1. Incrementar as receitas do negócio

Esta é uma vantagem que advém das apresentadas de seguida mas, é sem dúvida, aquela que deve ter um lugar de destaque. Uma app pode mesmo aumentar o potencial lucrativo do negócio de variadas formas.

Em primeiro lugar, é um facto que quando a satisfação de um cliente aumenta, as vendas acompanham essa tendência. Na verdade, um estudo da SalesForce indica que 70% das experiências de venda são influenciadas pela forma como os clientes sentem que são tratados. E, de acordo com dados da TechCrunch, 35,4% das vendas no Black Friday de 2016 foram feitas via mobile. Em 2012 haviam sido apenas 16%.

E um exemplo prático (vindo do estrangeiro): quando a Domino´s Pizza criou uma app para mobile de forma a permitir aos seus clientes pedir pizzas mais facilmente, conseguiu aumentos de 28% nas receitas de ecommerce no Reino Unido. Nesta cadeia as encomendas via mobile já significam 52% do volume ecommerce.

Há aqui uma tendência e os principais retalhistas nacionais não o ignoram. Tanto o Pingo Doce como o Continente já possuem as suas próprias aplicações. De facto, por ser um canal que facilita a interação com o cliente, estes apps mobile podem ser a diferença entre ter o lugar de charneira ou ser o lanterna-vermelha nas empresas de retalho.

  1. Canal privilegiado com os clientes

Na relação marca-cliente, a aplicação para smartphone pode trazer insights e contributos muitíssimo valiosos. São, por isso, um canal estratégico a nível de marketing. Com uma app, os clientes podem aceder – de forma imediata – a todas as promoções e descontos especiais. E isto é algo que, com um simples site de ecommerce, fica mais difícil de fazer.

Como saberá quem quer que já tenha instalado uma aplicação, a mesma é descarregada para o aparelho do utilizador. Aí vai relembrando-o de novidades que estejam relacionadas com a respetiva marca (push notifications). É uma forma muito mais proactiva de criar um relacionamento, ao invés de esperar que o cliente aceda ao site e aí “descubra” as promoções. É, em suma, um novo canal de marketing que permite chegar a clientes de outras formas.

  1. Um cartão de fidelização digital

A verdade é que os formatos publicitários já são tantos, já vivemos tão imersos em publicidade, que é preciso conectarmo-nos com os nossos clientes de forma mais personalizada. As aplicações, dado que permitem criar perfis de clientes, são o caminho para uma comunicação mais individualizada e não tão “standardizada” como são, por exemplo, mupis, outdoors ou mesmo formatos online como banners ou MREC.

A verdade é que, através das aplicações mobile, é possível segmentar de forma mais eficaz os clientes. Através dos dados inseridos pelo próprio consegue saber-se os seus gostos, preferências e outras informações que depois, agregados, podem ser utilizados para comunicações mais efetivas.

Mas muita atenção: também aqui não se devem descurar todas as alterações a estas práticas produzidas pelo Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGDP) que entrou em vigor no passado dia 25 de maio e que estabelece regras para o tratamento dos dados dos clientes para efeitos de marketing.

  1. Renovação geracional dos clientes

Um negócio que queira ser sustentável não deve olhar apenas para o amanhã, mas deve igualmente ter em atenção os hábitos e as necessidades das gerações mais novas. Para atingir esta faixa demográfica, habituada a fazer tudo ao telemóvel, uma aplicação é sobremaneira importante.

Um estudo da norte-americana Forrester Research descobriu que, em termos de hábitos de compras via mobile, 40% dos inquiridos da Geração Z (nascidos entre meados dos anos 90 e meados dos anos 2000) fá-las pelo menos uma vez por semana, enquanto na geração imediatamente mais velha (os chamados millennials) a percentagem é de 49%.

A geração mais nova ainda não o faz com tanta frequência porque o seu poder de compra ainda não é tão elevado, mas é expectável que à medida que o vão ganhando, também a frequência com que compram online aumente. Daqui que tentar todas as estratégias para marcar presença em mobile, seja essencial para salvaguardar o futuro.

  1. O poder da diferenciação

A imagem que se passa aos clientes tem um claro impacto no posicionamento da marca. E a grande maioria das marcas quer ser vista como inovadora e moderna. O retalho não é excepção. Criar uma aplicação móvel tem também esta vantagem (que, de certa forma, está relacionada com o ponto quatro): as marcas que as criam diferenciam-se da “multidão”. São vistas como pioneiras na sua área e isso atrai clientes. Em suma, parte do valor de se criar uma aplicação passa por esta ser uma (boa) estratégia de marketing em si mesma.

  1. Podem ser melhores que o típico website de ecommerce

Quando toca a comércio electrónico, a primeira coisa que vem à cabeça são websites. Mas coloca-se a questão: para este fim será uma aplicação uma melhor opção? Há, de facto, várias vantagens nestas últimas.

Em primeiro lugar, e isto é algo que é muito prezado pelos utilizadores, tendencialmente as aplicações são mais rápidas. Podem, aliás, ser até 1,5 vezes mais velozes. Porquê? Porque os dados ficam alojados diretamente no smartphone, enquanto nos websites os dados têm que ser recolhidos junto dos servidores. O processo torna-se, assim, mais lento e, hoje em dia, a lentidão afasta consumidores.

Depois, uma das vantagens das aplicações é permitirem, muitas vezes, o acesso tanto offline como online. Ou seja, as aplicações permitem um acesso 24/7, o que não está ao alcance da web.

Por último, as aplicações permitem incrementar o “engagement” dos utilizadores. As aplicações para smartphone permitem um rol de atividades, desde a partilha com amigos das atividades feitas através de app, até métodos de pagamento e compra facilitados (one-click buy).

Não descurar os cuidados a ter

Lançar-se na criação de uma aplicação mobile pode parecer algo simples nos dias de hoje, mas isso não implica que não se tenha que ter cuidado. Antes de mais, fazer uma aplicação só por fazer, ou seja, sem funcionalidades que despertem a necessidade de interação pelo utilizador, pode fazer ricochete. Há muitas marcas com apps inúteis e desatualizadas que criam péssimas experiências de utilizador. Quem as descarrega e utiliza fica desde logo com uma opinião negativa da marca. É algo a evitar.

E, depois, é preciso perceber os custos de criar uma aplicação. Para evitar problemas, como o descrito acima, em que se encomenda a criação de uma aplicação mobile mas olvida-se tudo o que é necessário para esta ter sucesso, é fundamental ter presente que uma aplicação precisa de atualização constante.

Quer seja em termos de novos produtos a introduzir, potenciais bugs que vão surgindo ou melhorias em termos de design ou interatividade, é necessário encarar a aplicação mobile como um investimento constante. Um investimento com grande retorno potencial, mas não isento de custos.

Concluindo: Para se traçar uma aplicação com sucesso é necessário haver um bom plano inicial. Qual é a necessidade a que esta aplicação mobile vai responder? Qual o público-alvo? Como a dinamizar? Quanto se desejar investir? Com um bom planeamento estratégico, a aposta neste novo canal pode, sem dúvida, ser o impulso para dar futuro ao negócio.

Artigo originalmente publicado na edição impressa de junho do Jornal Hipersuper

 

 

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