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Pós-género, co-branding, blockchain e consumo solitário entre as tendências para 2018

Por a 7 de Fevereiro de 2018 as 16:32

Que critérios os consumidores privilegiam na avaliação das marcas? Quais as novas tipologias de consumidor? Que oportunidades a tecnologia oferece para melhorar a comunicação entre consumidor e marcas?

O relatório “Tendências de Consumer Engagement 2018”, realizado pela área com o mesmo nome da consultora LLORENTE & CUENCA, dá resposta a estas e outras questões em 10 pontos, que representam também as principais tendências do consumidor este ano.

“Os novos consumidores transferiram para as marcas algumas das suas novas obsessões e estão a medi-las com base em critérios completamente distintos dos do passado. Isto obriga a que as marcas se tornem mais transparentes para chegarem aos seus públicos de forma mais autêntica e que vejam o consumidor não como um indivíduo inserido num todo que pode ser agrupado em função dos seus interesses predeterminados, mas como um indivíduo com as suas próprias necessidades e preocupações”, aconselha David González Natal, líder da área de Consumer Engagement da consultora.

  1. Pequenos Consumidores

Numa sociedade hiperconectada, a educação e transmissão de valores não pode depender apenas dos pais e professores. As marcas também têm um papel na criação de valores junto das crianças. São cada vez mais os exemplos de marcas que reconhecem o valor da sua influência no consumo infantil.

  1. Transparência

O consumidor tem um crescente interesse em saber mais, em conhecer a rastreabilidade dos produtos e as relações das marcas com aqueles que fazem parte da sua cadeia de valor. Essa tendência exige transparência, levando as marcas a revelar os seus processos e a contar a sua história, num esforço para transmitir o legado que querem deixar.

  1. Green Consumers

Cada vez mais, os consumidores estão cientes da sustentabilidade por detrás dos produtos. Estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços tidos como sustentáveis ou provenientes de empresas social e ambientalmente responsáveis. O filtro da sustentabilidade no olhar dos consumidores está a ser determinante na decisão de compra.

  1. Co-branding

Da mesma forma que os consumidores se habituaram a uma economia conjunta e partilham o carro, a casa ou as férias, as marcas também “aproveitam a boleia” e partilham cada vez mais esforços entre elas. Parcerias que permitem promover valores em comum, desenvolver novos produtos ou partilhar informações de clientes com empresas que ofereçam diferentes produtos mas dentro do mesmo segmento de mercado. No entanto, o co-branding, além de uma oportunidade, também representa riscos, é, por isso, fundamental que exista congruência e complementaridade prévias entre as marcas que se associam.

  1. A revolução do blockchain

O blockchain é a tecnologia que permite a transferência de dados digitais com uma codificação sofisticada e de uma forma completamente segura. Foi desenvolvida por Satoshi Nakamoto para criar as bitcoins em 2009. Aplica-se hoje não só às criptomoedas mas numa miríade de campos, desde as transações internacionais aos jogos online. Esta tecnologia pode transformar-se no grande “desintermediário” dos serviços digitais e oferecer serviços ao consumidor numa variedade de setores, como o imobiliário, o comércio eletrónico, o armazenamento de dados, a compra de música ou a distribuição de energia, entre outros.

  1. O consumidor pós-género

Os consumidores atuais, principalmente os mais jovens, rejeitam as tradicionais etiquetas “masculino” e “feminino”, obrigando as grandes marcas a reposicionarem as estratégias de comunicação e marketing. As marcas terão de se adaptar ao facto de que, tanto a personalidade das pessoas como os seus interesses – mais importantes que o seu enquadramento sociodemográfico tradicional – serão determinantes nas suas opções de consumo ou fidelização às marcas, pelo que os produtos transversais são os que mais terão a ganhar.

  1. Terceira idade, os novos Milenares

A utilização de redes sociais entre as pessoas com mais de 60 anos tem vindo a aumentar nos últimos anos. Este novo espaço de inter-relação para pessoas da terceira idade, combinado com uma maior disposição e familiaridade com os dispositivos digitais e móveis, está a gerar uma comunidade de pessoas mais velhas com alma jovem.

  1. Obsessão pelo autêntico

As novas gerações de jovens desenvolveram novos sistemas de deteção de autenticidade nos conteúdos que merecem atenção. As marcas precisam de ser cada vez mais autênticas. O gosto pela autenticidade, com conteúdos baseados em pessoas reais que contem histórias verdadeiras, sejam estas de funcionários ou consumidores, contrasta com um crescente desinteresse por tudo o que sejam conteúdos muito produzidos. É esta obsessão pela autenticidade e pelo real que desenvolve fenómenos como os youtubers ou os influencers.

  1. Oneconomy”: consumidor solitário

E se partilhar saísse de moda? O consumo solitário vai abrindo o seu próprio caminho. Cada vez mais, os consumidores priorizam a individualidade e o cuidado pessoal, e o conceito de “oneconomy” (economia para um) surge como uma força crescente no novo consumidor. Desta forma, o desejo de ter produtos e viver experiências está a aumentar. Como resposta, as marcas estão a começar a reformar e alterar as experiências em torno dos seus bens e serviços. Há grandes oportunidades nos setores da construção e lazer, bem como naqueles associados à comunicação online, à eletrónica pessoal e aos eletrodomésticos.

  1. A saúde conectada

As redes sociais aumentaram consideravelmente o desejo de nos mantermos saudáveis e em forma e criaram-se comunidades de utilizadores mais perfecionistas e conscientes que serão certamente mais leais às marcas que lhes derem alternativas que contribuam para o seu bem-estar individual e lhes proporcionem uma ligação ao ambiente que os rodeia. As marcas desportivas lideram a evolução do setor de retalho de experiências com festivais de bem-estar pagos que criam fidelidade à marca e impulsionam as vendas. Também os gigantes da tecnologia têm investido no desenvolvimento de dispositivos que ajudarão a diminuir o gap entre a monitorização do estado físico coletivo e o atendimento médico real.

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