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Preços variáveis nas portagens? Portugal faz parte de projeto-piloto europeu

Por a 18 de Dezembro de 2017 as 15:24

A Luís Simões (LS) é o único operador de transportes no velho continente a participar num projeto europeu de investigação e desenvolvimento para otimizar o setor dos transportes através da implementação de preços variáveis nas portagens nacionais.

O projeto europeu no âmbito do Programa Horizonte 2020 – designado Optimum –conta com a participação de 14 empresas de oito países e terá uma duração de três anos. Para testar de forma mais eficiente as soluções formuladas, o programa selecionou países piloto, sendo Portugal um dos países escolhidos para esta fase experimental.

A solução pretende gerar um impacto positivo na indústria transportadora no que diz respeito à redução de custos e ao aumento da sustentabilidade, com ganhos visíveis para entidades gestoras de infraestruturas rodoviárias, operadores de transporte e os seus condutores.

A solução de otimização, na qual a LS participa, consiste na avaliação da introdução de preços variáveis nas portagens nacionais. “O objetivo é permitir aos operadores de transporte acederem à informação com antecedência sobre o preço a pagar nas portagens e, assim, poderem analisar se o valor é suficientemente apelativo para optarem por uma autoestrada ou por uma estrada nacional”, explica a LS.

A inovação da solução é utilização de “Big Data” através de sensores de ocupação das autoestradas, sensores de tráfego das estradas nacionais, das informações das redes sociais que podem identificar acidentes ou fluxos anormais de meios a um determinado evento, previsões meteorológicas, entre outras variáveis. “Posteriormente estas variáveis são trabalhadas por um algoritmo que gera preços automaticamente e os disponibiliza em tempo útil numa aplicação que está acessível online. Todo este processo possibilita ao operador de transportes informação, para que possa optar, em determinado percurso, entre a estrada nacional e a autoestrada”.

Se os testes se revelarem positivos, “vai ser possível comprovar a hipótese de praticar preços variáveis, fazendo com que seja transferido fluxo de transporte das estradas nacionais para as autoestradas, com vantagens para o operador das estradas nacionais (redução de custos de manutenção), para o operador das autoestradas (otimização da ocupação) e para o transportador (redução de custos e tempo/conforto envolvido na viagem)”.

Além dos ganhos diretos, a introdução desta medida poderá igualmente contribuir para a redução das emissões de gases com efeito de estufa e para a redução de impacte ambiental e social nas populações residentes junto das vias nacionais, comenta a empresa.

 

 

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