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Adega de Favaios entra no capital da Viborel

Por a 16 de Agosto de 2017 as 15:56

A Adega Cooperativa de Favaios vai juntar-se à Bacalhoa Vinhos de Portugal, Aliança Vinhos de Portugal e Fundação Eugénio de Almeida na estrutura acionista da distribuidora de vinhos e bebidas espirituosas Viborel

 

Com capital 100% português, a distribuidora Viborel vai ter um novo acionista até ao final de 2017. A Adega Cooperativa de Favaios junta-se à Bacalhoa Vinhos de Portugal, à Aliança Vinhos de Portugal e à Fundação Eugénio de Almeida na estrutura acionista da distribuidora de vinhos e bebidas espirituosas. Tal como os três atuais acionistas, também a Adega Cooperativa de Favaios é fornecedor da Viborel. “No decorrer deste ano, a Adega Cooperativa de Favaios fortalecerá a sua parceria comercial tornando-se acionista da Viborel”, revelou em entrevista ao HIPERSUPER João Braga, diretor-geral da distribuidora.

As marcas de vinhos e espirituosas Cartuxa, Bacalhôa, Aliança, Quinta do Carmo, Valle Pradinhos, Laurent-Perrier, Cachaça 51, Whyte&Mackay, Murganheira, Raposeira e Favaios são os principais trunfos da oferta da distribuidora. “São as marcas ‘core’ que se mantêm no portefólio da empresa há décadas, foram o grande suporte do passado e se irão certamente perpetuar”, crê João Braga. A distribuidora não tem, aliás, incorporado novas marcas na sua oferta comercial nos últimos anos. “O País atravessou uma fase macroeconómica muito difícil, com novos desafios para a distribuição pelo que estrategicamente definimos concentrar esforços nas marcas e parcerias que já temos”.

As 300 marcas distribuídas têm em comum o posicionamento no segmento “premium” mas todas adotam autónomas estratégias de venda, marketing e comunicação. “A Viborel implementa, em conjunto com o ‘brand owner’, um plano a longo prazo de acordo com o target de cada uma das marcas e com o objetivo de criar valor e ‘awareness’”.

O negócio da distribuidora assenta em dois modelos: uma rede comercial cobre a área metropolitana da capital e uma rede de agentes e armazenistas fornece o resto do País. “Ainda que relevante, o volume de negócios realizado na Grande Lisboa é inferior ao conseguido pelo conjunto dos armazenistas e cash&carry que cobre o resto do País”.

50 milhões de euros em 2016

No ano passado, a distribuidora alcançou um volume de negócios de 50, 5 milhões de euros, cifra que em 2017 deverá crescer entre 6 a 10%, estima o responsável pelos destinos da empresa lusa. Em 2016, um total de 60% das vendas foram feitas no canal “on trade” (Horeca – hotéis, restaurantes e cafés) e 40% no “off trade” (retalho). Ainda assim, o consumo destas bebidas no canal Horeca está muito dinâmico, à boleia do turismo, e a distribuidora “vai continuar a privilegiar esta área de negócio, reforçando os recursos humanos para melhor cobrir todas as oportunidades de negócio”.

No entanto, é no setor do retalho que a Viborel enfrenta um dos maiores desafios. “O grande desafio é e será, nos próximos anos, dar resposta às promoções no canal ‘off trade’, cada vez mais agressivas, assim como à aposta na criação de novas marcas com preços de venda inflacionados, que aparecem no mercado com promoções permanentes de entre 60% a 80%.  E que com a mesma velocidade desaparecem, dando lugar a outras marcas que o consumidor não conhece, mas com promoções igualmente agressivas. Esta estratégia tira espaço de prateleira às nossas marcas, exige um esforço promocional que é impossível perpetuar, pelo estas terão de se reinventar, nomeadamente mantendo ‘share of mind’ na cabeça do consumidor, num mercado tão fragmentado como o dos vinhos de qualidade”.

 

*Texto originalmente publicado na edição impressa de agosto do jornal Hipersuper

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