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O que mudou no tecido empresarial português na última década?

Por a 9 de Agosto de 2017 as 18:21

Ao longo dos últimos dez anos (entre 2007 e 2016) o tecido empresarial português assistiu a um crescimento da iniciativa individual e de menor dimensão, revela o estudo “O Empreendedorismo em Portugal” da Informa D&B, que dá conta da evolução da iniciativa empresarial portuguesa na última década.

Entre 2007 e 2016, foram constituídas 347 272 empresas e outras organizações em Portugal, o que representa uma média anual de quase 35 mil, das quais 97% são empresas. Durante estes dez anos, as sociedades unipessoais ganharam terreno e a dimensão das startups (empresas no primeiro ano de atividade) diminuiu a partir de uma média de 2,6 empregados e 90,2 mil euros de volume de negócio anual em 2007 para 2,3 empregados e faturação de 65 mil euros em 2015.

Os serviços e o retalho continuam a ser os setores que mais empresas vêem nascer. Por regiões, depois de ter sido ultrapassada pelo Porto em 2008, Lisboa volta em 2016 a afirmar-se como região mais empreendedora, absorvendo 37% das novas constituídas face aos 32,9% da região Norte.

No final de 2015, quase um terço de todas as empresas nacionais têm até cinco anos de existência. Estas tonaram-se o segundo grupo mais relevante em número de empresas, representando 9,1% do volume de negócio e 16% do emprego total do universo empresarial nacional, indica o estudo.

Startups com carácter cada vez mais exportador

Apesar de estarem a cair em dimensão, as empresas que surgem em Portugal estão cada vez mais voltadas, logo de início, para os mercados além-fronteiras. Em 2015, a percentagem de startups lusas que começam a exportar durante o primeiro ano de existência atingiu os 11,6%, ultrapassando pela primeira vez a percentagem equivalente ao total de empresas exportadoras no País (11,1%). Para aquelas startups, as vendas além-fronteiras representam mais de metade da sua faturação.

A análise das startups que nasceram nos últimos dez anos mostra um aumento médio de 139% em termos de volume de negócio no primeiro ano de atividade, o qual triplica após dois anos. No oitavo ano, até ao qual apenas um terço das novas empresas sobrevivem, estas evidenciam uma faturação cinco vezes maior face à inicial. Entre 2007 e 2014, as startups foram responsáveis por quase um quinto (18%) do novo emprego criado no tecido empresarial luso.

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