Jerónimo Martins e Sonae são retalhistas cuja reputação mais impacta valor financeiro

Uma média de 63% do valor financeiro das empresas cotadas na bolsa de valores portuguesa PSI-20 está diretamente ligada à sua reputação no mercado. As organizações cujo valor reputacional tem maior peso na avaliação financeira são CTT (77%), Jerónimo Martins (73%), Sonae e Ibersol (ambas com 71%), indica o estudo “RepRisk Value Pulse”, da consultora On Strategy.

Entre as distribuidoras nacionais, a Jerónimo Martins apresenta-se como a empresa com maior valor reputacional (6565,4 milhões de euros), enquanto a reputação da Sonae representa 1240 milhões de euros.

Por outro lado, há empresas que estão mais expostas que outras ao risco de perder valor financeiro em caso de se depararem com uma crise reputacional. Em média, 34% do valor financeiro das empresas ligado à reputação é vulnerável a este risco.

Neste sentido, tanto a Jerónimo Martins como a Sonae estão classificadas no estudo como tendo um risco “moderado”. No entanto, a marca EDP está avaliada como “robusta”, sendo a organização menos exposta a um risco reputacional. O valor estimado da reputação da empresa de energia assenta nos 6868,4 milhões de euros, indica o estudo da On Strategy, que apura o valor económico da reputação das organizações e o respetivo valor financeiro, associados ao risco de crise.

“As marcas são o ativo mais importante e de maior valor financeiro que as organizações possuem. No entanto, as marcas são também o ativo mais exposto a riscos e consequentemente a crises. E, nas organizações, todos os aspetos influenciam positiva ou negativamente a marca, todos são embaixadores ou detratores da marca e todos são de alguma forma responsáveis pelos sucessos e pelos insucessos, pelos benefícios e pelos prejuízos da marca”, explica Pedro Tavares, Partner e CEO da On Strategy.

Tabela fornecida pela On Strategy

*Notícia alterada às 16h27 do dia 28 de julho de 2017