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Baixa. Uma das zonas que mais apetite desperta junto dos lojistas

Por a 18 de Janeiro de 2017 as 17:51

O mercado português de investimento em imobiliário comercial transacionou em 2016 €1.254 milhões. É o segundo ano, desde 2007, em que é superada a barreira dos 1.000 milhões, revela um estudo da consultora imobiliária JLL.

Concretamente nos ativos de retalho, o comércio de rua manteve-se como o segmento mais dinâmico, impulsionado pelo crescimento no turismo, retoma económica e pela mudança de hábitos de consumo. As zonas históricas e centrais em Lisboa e no Porto, com um mapa cada vez mais alargado, são as mais apetecíveis para as novas aberturas, mas alguns bairros residenciais têm cada vez mais dinamismo, como são os casos de Campo de Ourique e Alvalade, em Lisboa, por exemplo.

O Chiado é a localização de retalho mais cara em Lisboa (120 euros/m²/mês), mas não tem assistido a mais aberturas devido à reduzida disponibilidade de espaços, assim como a Baixa, uma das zonas que mais apetite desperta junto dos lojistas. Na avenida da Liberdade a oferta tem vindo a crescer com o aparecimento de novos projetos de reabilitação, sendo esta localização uma das mais dinâmicas em aberturas em 2016, com a inauguração recorde de mais de uma dezena de lojas. À exceção da Baixa – que está agora no nível da avenida da Liberdade (90 euros/m²/mês), as rendas mantiveram-se estáveis em Lisboa.

No Porto destacam-se a rua de Santa Catarina, a localização prime onde a renda aumentou para 60 euros/m²/mês, mas Clérigos, Aliados e Flores/Mouzinho da Silveira estão também a consolidar-se.

Nos centros comerciais, por sua vez, 2016 foi também um ano de atividade pouco comum nos últimos cinco anos. Especialmente nos ativos prime, nos quais as rendas atingiram “o ponto máximo alguma vez registado” (100 euros/m²/mês). Também a oferta de novos espaços evoluiu positivamente, com a entrada em funcionamento de cerca de 80.000 m2 em 2016, esperando-se que cerca de 127.000 m2 de novos espaços possam abrir no mercado nos próximos dois anos, incluindo o Évora Shopping ou o Mar Shopping Algarve, um dos maiores projetos dos últimos anos, com 90.000 m2 de ABL (Área Bruta Locável).

“Existem boas perspetivas para o retalho em 2017, tendo em conta o dinamismo do turismo, com especial impacto na oferta de lojas de rua, mas também nos centros comerciais, com os projetos de ampliação de ativos prime e com a própria reformulação de ativos secundários para manter os projetos apelativos para os consumidores. O interesse por parte dos lojistas quer nacionais quer internacionais é uma realidade incontestável”, diz Patrícia Araújo, Head of Retail da JLL.

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