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Marca de distribuição e de fabricante. Qual traz mais valor à economia?

Por a 13 de Janeiro de 2017 as 17:19

As Marcas de Distribuição (MdD) e as Marcas de Fabricante (MdF) alcançaram um ponto de equilíbrio no mercado nacional, considera Luís Palha, CEO da Pharol, por ocasião da conferência “As marcas da marca na economia portuguesa”, que teve lugar esta manhã e encheu o salão nobre do Instituto Superior Técnico, em Lisboa.

O ex-presidente da Jerónimo Martins, proprietário da cadeia de supermercados Pingo Doce, foi um dos “keynote speaker” convidado pela Centromarca, a associação que reúne os interesses dos produtos de marca, para falar sobre o papel da inovação e das marcas no reforço da competitividade de Portugal.

Nos primeiros seis meses do ano passado, as MdF alcançaram uma quota de mercado de 66,7% enquanto as MdD reduziram a sua participação para cerca de um terço. Mesmo tendo em conta esta tendência de crescimento das marcas de fabricante em Portugal, que não encontra paralelo noutro país europeu, Luís Palha da Silva considera que estas marcas alcançaram o equilíbrio  e que o seu contributo para a economia será cada vez mais estável.

O CEO da Pharol enumera os fatores de atração de umas e outras. A favor das MdF joga o interesse dos portugueses por marcas internacionais e a capacidade dos fabricantes para inovar e desenvolver novos produtos – “em três anos, 82% da inovação” produzida nasceu do lado dos fabricantes, revela. A atração dos consumidores pelas promoções também beneficia estas marcas, “que continuam a crescer com a concentração no setor do retalho”. Luís Palha da Silva acrescenta que estas marcas têm vindo e vão continuar a fazer reduções de sortido para aumentarem a sua rentabilidade.

Por outro lado, a contínua preocupação com o preço que caracteriza o consumidor português joga a favor das marcas do distribuidor. Assim como a tendência pelo orgulho de consumir marcas locais e a crescente capacidade de inovação que os retalhistas apresentam nos lançamentos de novos produtos.

O valor que estas marcas trazem para a economia alcançou o equilíbrio, em particular no setor de FMCG (Fast-moving consumer goods), reitera, acrescentando que as relações entre fabricantes e retalhistas tenderão agora a “pacificar”.

“Hoje, todos os consumidores colocam a possibilidade de comprar uma MdD por esta ser mais barata mas também admitem estar dispostos a pagar mais pelo conforto e segurança que oferecem as MdF”.

O ex-presidente da Jerónimo Martins aproveitou ainda para citar uma frase de “um amigo” que considera pertinente. “As MdD e os discounters fizeram mais por Portugal do que todos os partidos de esquerda juntos uma vez que democratizaram o acesso a bens de primeira e segunda necessidade”.

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