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CTT Expresso quer nova solução de ecommerce a pesar 30% da faturação em um ano

Por a 21 de Dezembro de 2016 as 13:09

A CTT Expresso disponibiliza a partir de novembro passado uma nova solução para as empresas de ecommerce, a qual confere um maior poder de escolha ao consumidor final. O objetivo é que em um ano, a nova solução e-Segue pese “cerca de 30%” da faturação.

A divisão dos Correios de Portugal responsável pelo tratamento e transporte de mercadorias, a CTT Expresso, agrupou todas as funcionalidades que disponibiliza para entregas de  encomendas online – e acrescentou mais algumas – numa única solução: a e-Segue. Depois de uma fase de pré-lançamento que arrancou em outubro, o novo serviço foi oficialmente apresentado ao mercado durante a primeira edição da conferência “CTT e-Commerce Day”, levada a cabo no dia 11 de novembro na sede da empresa, em Lisboa.

Destinada às empresas de ecommerce, a solução da operadora que detém “uma quota de mercado de 49,6% na distribuição de encomendas em Portugal” confere ao consumidor final uma maior customização do local e horário de entrega da sua compra online.

Os “eshoppers” podem optar por levantar os produtos num dos mais de mil pontos de recolha da rede CTT, espalhados pelo País, ou definir um local onde a encomenda pode ser entregue em dois dias, no dia seguinte ou em um dos dez dias úteis que o cliente tem à disposição. No “primeiro trimestre do próximo ano” estará disponível uma aplicação móvel para o cliente gerir todo o processo. Para já, o consumidor faz a gestão da encomenda através do site da empresa, onde pode também selecionar a hora da entrega mais conveniente, tendo à disposição “cinco janelas horárias”.

A transportadora concorrente Chronopost também disponibiliza no mercado nacional um sistema de “janela horária”, o Predict, que dá ao consumidor uma estimativa do período de tempo em que vai receber a encomendas, sendo que o cliente não tem opção de escolha. A diferenciação do novo serviço da CTT Expresso está nas várias possibilidades que o cliente tem à disposição. “O cliente pode escolher, entre as cinco janelas horárias disponíveis, a hora em que quer receber a sua encomenda, consoante a disponibilidade, preferência e estilo de vida”, explica em entrevista ao HIPERSUPER Pedro Faraústo, diretor de Marketing da CTT Expresso.

Pedro Faraústo, diretor de Marketing da CTT Expresso

Pedro Faraústo, diretor de Marketing da CTT Expresso

“Além disso, damos a flexibilidade de se poderem fazer pequenos ajustes à entrega”. O colaborador que faz a expedição tem acesso ao contacto telefónico do cliente final, contactando diretamente o remetente, entre 15 a 30 minutos antes da hora de entrega pretendida, para comunicar com precisão quando vai passar no local. Se o cliente não estiver em casa nessa altura, pode pedir para passar dez minutos mais tarde ou então solicitar a entrega no café perto de sua casa, por exemplo.

De acordo com o estudo sobre ecommerce em Portugal, levado a cabo este ano pelos CTT, 53% dos consumidores diz que é importante ter oportunidade de alterar e 46% não está satisfeito com informação prestada acerca das entregas. Neste sentido, “interação” e “informação” são dois pontos-chave do serviço.

“O cliente não gosta de surpresas e um dos três pilares do e-Segue, além da conveniência e flexibilidade, é a previsibilidade”. O consumidor acompanha todo o processo, através da informação endereçada por mensagem de texto e mail, e pode alterar os dados da encomenda quando entender.

Quanto ao processo de devolução, o “eshopper” pode optar pela recolha em casa ou pela entrega num dos pontos, sendo que o parceiro de negócio é notificado quando os clientes querem devolver artigos.

Novas funcionalidades em 2017

Neste momento, os serviços B2C (business to consumer) representam “mais de 15% da faturação” da CTT Expresso e a expetativa é que “esta oferta em específico possa representar no prazo de um ano cerca de 30%” do volume de negócio. Algumas das empresas que contratam a distribuidora para prestar serviço de entregas já migraram para o novo serviço, sendo que “entre final do ano e início do próximo, pelo menos os clientes de maior dimensão [como o caso da La redoute e Continente] já vão estar a utilizar o serviço”, diz Pedro Faraústo.

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A empresa prevê ainda a introdução de novas funcionalidades para a ferramenta. A entrega no mesmo dia, apesar de a empresa disponibilizar esta opção a alguns retalhistas nacionais através de soluções feitas à medida, deve complementar o e-Segue em 2017. “Fazemos entregas em duas horas nas áreas da grande Lisboa e do grande Porto e também entregamos até final do dia em Lisboa, Porto, Braga e mais algumas cidades. O que estamos a trabalhar para lançar em 2017 é uma aproximação a esta oferta de ‘same day’ com outras funcionalidades bebidas do e-Segue, ou seja, será uma extensão deste novo serviço”.

O novo modelo de negócio para envios no próprio dia “ainda não está bem definido, por ainda não ter escala suficiente”, mas a empresa quer garantir várias possibilidades de entrega, equacionando alargar também a sistemas de recolha de encomendas em cacifos com chave de acesso. “Desde os lockers [cacifos] ao até aos pontos de recolha com atendimento por assistentes, passando pelas entregas no próprio dia, ter todo esse leque de funcionalidades”.

A CTT Expresso acredita que “em dois ou três anos mais de metade da faturação” da unidade de negócio do grupo seja proveniente do ecommerce. Para tratamento das encomendas de comércio online que chegam do estrangeiro, a empresa inaugurou em março deste ano nas suas instalações em Cabo Ruivo, Lisboa, uma nova máquina com capacidade de processamento de 12 mil encomendas por hora. Neste momento, o equipamento automático, que representa um investimento superior a dois milhões de euros, processa seis mil pacotes por hora.

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