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A estratégia da marca de pet food que aposta na hiperespecialização dos canais de distribuição

Por a 19 de Dezembro de 2016 as 11:02

A hiperespecialização dos canais de distribuição é um dos pilares estratégicos da Royal Canin. Com a entrada no grupo Mars, em 2002, saltou para o Top 5 das marcas de pet food em Portugal

Fundada em 1967 pelo médico veterinário Jean Cathary, a Royal Canin opera no mercado português desde 1998. A fabricante francesa de alimentos para animais domésticos aposta desde a sua fundação num modelo de distribuição especializada, junto de veterinários, lojas de animais e criadores. “Este é um dos pilares estratégicos” da multinacional presente em 78 países, disse em entrevista ao HIPERSUPER José Luis Garcia, Retail Sale&Marketing Director Ibéria da Royal Canin. “Ao contrário do que se possa pensar, não comercializamos apenas produtos para cães e gatos. Desenvolvemos alimentos com um ponto de precisão e complexidade técnica que exigem um serviço de aconselhamento nutricional especializado. A experiência de criadores e médicos veterinários, assim como o grau de conhecimento sobre os animais domésticos que as lojas da especialidade detêm, são indispensáveis para suportar uma oferta nutricional cada vez mais específica e para satisfazer as expectativas dos donos”.

A estratégia passa por intensificar os laços da marca com a distribuição especializada, inovar nos serviços e crescer através de soluções diferenciadoras e que acrescentem valor no ponto de venda. A diferenciação faz-se ainda através do apoio à formação dos especialistas e na disponibilização de informação aos donos.

Quatro ano depois de entrar no mercado nacional, a Royal Canin integra o grupo Mars, que opera as marcas de petfood Pedigree, Whiskas e Sheba, entre outras, no retalho alimentar. Hoje, alimenta 12 milhões de cães e gatos e está entre as duas principais marcas do grupo norte-americano. “Através desde processo de fusão podemos tirar partido de um crescimento adicional e beneficiar de uma estrutura gigantesca com anos de experiência. A nossa ambição é alcançar a liderança mundial em nutrição e saúde para cães e gatos, respeitando sempre a nossa identidade e estratégia”.

Os colaboradores também beneficiaram com esta mudança. “O grupo emprega 80 mil pessoas e promove o crescimento profissional através da mobilidade entre diversas unidades e posições. Foi criada uma rede interna através da qual partilhamos casos de sucesso e formas de trabalhar em todo o mundo”.

No Top 5 das marcas de pet food

A Royal Canin está no top 5 das marcas de pet food em Portugal, um país que, apesar de ainda estar a braços com as cicatrizes da austeridade, acolhe cada vez mais animais de estimação nos lares. Segundo o mais recente estudo da consultora GFK, há pelo menos um animal de estimação em dois milhões de lares portugueses. Esta cifra representa 54% do total de lares e cresceu 9% em quatro anos. Existem 6,7 milhões de animais de estimação no nosso País, mais cães que gatos.

“Mais do que pelo papel das promoções, a locomotiva de crescimento no setor de petfood em Portugal nos últimos anos é a crescente preocupação das famílias com os cuidados a ter com os animais, cada vez mais vistos com elementos da família. Existe, hoje, uma maior consciencialização do papel do animal e um fortalecimento do elo emocional que resulta também numa crescente preocupação com a saúde dos animais”, sublinha José Luis Garcia. Os donos querem que os animais tenham cada vez mais qualidade e anos de vida.

Segundo dados fornecidos pela própria empresa, o mercado de pet food em Portugal, incluindo o canal moderno, o tradicional e o especializado, cresceu 3% no último ano. Este crescimento é mais acentuado nas gamas para gato. Talvez por isso, a empresa, que lança em média 12 novos produtos por ano, apostou este ano no aumento da gama para os felinos. A marca tem um portefólio de 300 produtos que têm em linha de conta a idade, a raça, o tamanho, a esterilização, o estilo de vida de cada animal e depois gamas mais especificas para fazer face a determinadas patologias, nomeadamente a obesidade. A portugueses, em particular, privilegiam a alimentação seca em detrimento da húmida, mais nos cães (76%) que nos gatos (69%).

Os produtos vendidos em Portugal são produzidos na fábrica localizada em França. “Concentrámos todos os recursos da empresa no mesmo local, convergindo todo o tipo de conhecimento e utilizando depois esse conhecimento em benefício dos animais”, remata o responsável ibérico de marketing, vendas e retalho da Royal Canin.

 

 

 

 

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