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Retrato das “startups” em Portugal em oito pontos

Por a 26 de Agosto de 2016 as 16:37

Entre 2007 e 2015, foram constituídas 309 550 empresas e outras organizações em Portugal, o que representa uma média anual de 34 mil, das quais 31 mil são empresas, segundo o estudo ‘Empreendedorismo 2007-2015’, realizado pela Informa D&B.

Estas “startups” (empresas no primeiro ano de vida) correspondem a uma média de 47 mil empreendedores por ano; destes, 64% são empresários pela primeira vez; e 76% assumiram a gestão das empresas que criaram.

Em muitos casos, estas empresas marcam tendências e estão à frente em indicadores seja na criação de emprego, na presença feminina em cargos de direção ou pelo seu perfil exportador, que surge cada vez mais no ADN das empresas, em muitos casos logo no primeiro ano de atividade.

O retrato destas empresas em Portugal, em oito pontos.

  1. Altos e baixos na criação de startups

Entre 2008 e 2012, registou-se uma queda nas constituições de empresas, com exceção no ano de 2011, em que a possibilidade de constituição de empresas com capital social mínimo de um euro por sócio impulsionou os nascimentos. Em 2013, tem início um ciclo de expansão e 2015 (com 35 555 startups) foi o melhor ano para o empreendedorismo em Portugal, com o maior número de constituição de novas empresas desde 2007. De 2010 a 2014, 94% das startups foram fruto de iniciativa individual, tendo como sócios exclusivamente pessoas singulares (empreendedores), com as entidades investidoras a entrarem no capital de apenas 6% destas empresas.

  1. Percurso das startups – volume de negócios e número de empregados

As startups crescem mais nos primeiros anos de idade. Quanto ao volume de negócios, o crescimento médio é de 136% no primeiro ano, triplica após dois anos de atividade e é quase cinco vezes maior no final do sétimo ano. Quanto ao número de empregados, as empresas crescem de modo menos acelerado, com uma média de 34% no primeiro ano, duplicando apenas após sete anos de atividade da empresa.

  1. Primeiros anos são cruciais – taxa de sobrevivência

Os primeiros anos são fundamentais para a sobrevivência das startups. Entre 2007 e 2015, cerca de dois terços das empresas sobreviveram ao primeiro ano de atividade, mais de metade (52%) ultrapassam o terceiro ano e 41% sobrevivem ao quinto ano, atingindo a idade adulta. No sétimo ano, apenas um terço das empresas mantém atividade.

  1. Taxa de sobrevivência das startups é diferente conforme o setor

A capacidade de sobrevivência das startups diverge de acordo com o setor de atividade: metade dos setores tem uma taxa de sobrevivência superior à do universo empresarial. Agricultura, pecuária, pesca e caça são os setores com a taxa de sobrevivência mais elevada. Alojamento e restauração e construção são, pelo contrário, os setores com startups com taxas de sobrevivência mais baixas. Os três setores onde nascem mais empresas registam taxas de sobrevivência muito distintas no final do 5º ano, como os serviços e o retalho, com 44% e 40%, respetivamente, e alojamento e restauração, com a taxa de sobrevivência mais baixa do universo empresarial (33%).

  1. Assimetrias regionais e setoriais das startups

O setor dos serviços lidera em startups em todas as regiões do País, com destaque para a Área Metropolitana de Lisboa, com 34,8%. Esta região concentra também muitas startups dos setores do retalho e alojamento e restauração.  Na região Norte, apesar da liderança dos serviços, há um peso significativo do retalho, indústrias transformadoras e construção.

  1. Mulheres lideram mais nas startups

É nas empresas mais jovens que há maior proporção de mulheres no topo. Nas startups a gestão e liderança femininas atingem 35,2% e 32,3%, respetivamente.

  1. Que países investem mais nas start-ups em Portugal?

Mais de um quarto das startups com controlo de capital estrangeiro são espanholas e americanas, o que difere do total de empresas com capital estrangeiro, nas quais Espanha também lidera, seguida pela França.

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