Portos nacionais registam melhor primeiro semestre de sempre

Os portos comerciais nacionais movimentaram cerca de 45 milhões de toneladas na primeira metade de 2016, nas várias tipologias de carga, de acordo com os dados revelados pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

O valor é o mais elevado registado nos portos comerciais nacionais em um primeiro semestre, representando um acréscimo de 0,9% relativamente ao período homólogo de 2015.

Este crescimento deve-se em exclusivo ao comportamento do porto de Sines, que alcançou uma subida de 10,5% na carga movimentada, atingindo as 24,1 milhões de toneladas, compensando as variações negativas dos restantes portos, em particular as quebras de 18,6% em Lisboa, de 3,5% em Leixões e de 2,3% em Setúbal.

Desta forma, o porto de Sines reforça a posição cimeira, passando a representar 53,5% (+2,1 pontos percentuais face ao início do ano) do total do movimento portuário nacional. Na segunda posição encontra-se o porto de Leixões (19,6%), seguido de Lisboa (10,3%) e Setúbal (8,8%).

A carga embarcada nos portos comerciais, destinada em grande parte às exportações, registou no primeiro semestre de 2016 um volume de cerca de 19,1 milhões de toneladas, refletindo uma diminuição de cerca de 2,1% face ao período homólogo de 2015. Salienta-se o facto de os portos de Viana do Castelo e Sines terem contrariado o registo de variações negativas no volume de carga embarcada, com acréscimos de 4,9% e 15,9%, respetivamente, face aos valores de 2015.

Quanto ao volume de carga desembarcada nos portos, “em que as importações pesam em regra mais de 90%”, registou um aumento de cerca 3,2%, face ao valor registado no mesmo semestre de 2015, atingindo 25,9 milhões de toneladas. Este valor foi muito influenciado pelo aumento de 11,2% no movimento de carga contentorizada, de 4,7% de produtos agrícolas e de 10,9% do petróleo bruto.

“Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os portos que registam um volume de embarques (carga embarcada) superior ao dos desembarques (carga desembarcada), com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 77,5%, 63,7%, 59% e 100%, respetivamente”, explica em comunicado a AMT.