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Tendências no setor do retalho em 2016, por David Pérez del Pino (Checkpoint)

Por a 22 de Julho de 2016 as 11:51

David Pérez del Pino, Diretor Geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha

O comportamento do mercado internacional de retalho apresenta, nos meses que correm, um incremento de movimentação, permitindo uma visão de melhoria face aos últimos anos. No que ao furto diz respeito, a verdade é que, de acordo com os resultados do Barómetro Mundial do Furto no Retalho de 2015, os valores para Portugal se mantêm na ordem dos 0,9% das vendas, e dos 1,23% para o sector a nível internacional.

Esta visão, alinhada com um cliente cada vez mais exigente e o aparecimento paulatino das necessidades em multicanal, levam os retalhistas, e sobretudo a níveis mais elevados de decisão, a considerar a visibilidade de mercadoria e a consequente segurança dos artigos, como sendo dois pontos fulcrais e indissociáveis das estratégias anuais de venda.

É neste sentido que conseguimos, já nestes primeiros seis meses de 2016, observar um conjunto de tendências por parte das direcções que nos levam a encarar a evolução do retalho numa perspectiva de trabalho mais coeso e organizado na hora de melhorar a experiência de consumo e, simultaneamente, tornar a visibilidade e segurança dos artigos como parte integrante do trabalho realizado.

De um modo geral conseguimos, por consequência, observar um maior envolvimento dos executivos na hora de tomar decisões de segurança – compreendendo cada vez mais e melhor o seu papel, as direcções têm uma atitude mais proactiva de reconhecimento da sua função enquanto factor de incremento da eficiência de inventário e/ou optimização de transporte, ao mesmo tempo que se encaram como influenciadores nas leis laborais locais para melhorar o riscos e oportunidades globais; uma maior atenção a economia de escala com pequenas transacções a tomarem um papel determinante no negócio – mais do que encarar, por exemplo, o envio de grandes quantidades, procura-se uma maior eficácia no envio de determinados pedidos para cada cliente e, por vezes, de e para diferentes locais; uma maior preocupação com as funções atribuídas às diferentes lojas, isto é, com o crescimento do multicanal é importante que, no caso de existir uma determinada loja mais eficiente para esta situação ser essa mesma loja a que se destina a esse fim – de um modo geral esta é, também, uma maneira de tornar as diferentes lojas da cadeia mais eficientes, mas também garantir uma experiência de compra eficiente; uma maior partilha de informação entre retalhistas e fornecedores/produtores; e, também, observamos uma ainda maior prevalência de foco no cliente, na sua experiência de compra e, acima de tudo, na sua satisfação na hora de comprar.

Todas estas tendências revelam, em conjunto, o importantíssimo papel que as tecnologias e sua evolução apresentam para o retalho. A recolha e partilha de informação, tendências de consumo e comportamentos de mercado são essenciais para o delinear de novas estratégias no sector, já seja para o que resta de ano, mas também de frente ao ano de 2017 que começa já a estar no horizonte dos retalhistas. Conseguir épocas de vendas mais profícuas é possível com os diferentes departamentos a trabalharem em conjunto, mas também com uma colaboração estreita entre retalhistas e provedores de tecnologias de segurança e visibilidade de inventário.

*O autor escreve segundo a antiga ortografia

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