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“IV Gama vale mais de €19 milhões em Portugal”

Por a 31 de Maio de 2016 as 15:19

Florette_CuidateA procura de alimentos saudáveis e a falta de disponibilidade para a cozinha dos consumidores citadinos estão a impulsionar a categoria de produtos de IV gama na Europa. A marca francesa Florette está no mercado nacional com uma proposta de valor que vai ao encontro desta tendência em crescimento.

A marca francesa Florette chegou ao mercado nacional em 2002, trabalhando atualmente “cerca de 20 referências de saladas rápidas e vegetais frescos, prontos a consumir, adaptados às necessidades do consumidor português”, explica em entrevista ao HIPERSUPER Paulo Dias, diretor comercial e responsável máximo da Florette Portugal (na imagem).

Paulo Dias_Florette“Ao mesmo tempo que verificamos uma tendência global pela preferência de produtos naturais, frescos e saudáveis, não podemos esquecer que o atual ritmo de vida da sociedade requer soluções de refeições cómodas e rápidas. Acompanhamos esta tendência em particular com o segmento de saladas. Este consumidor pertence a um tipo de público que por norma vive nas cidades e tem hábitos urbanos, com uma vida preenchida e sem muito tempo livre para a cozinha. É um consumidor ativo, que valoriza o seu tempo de lazer por ser pouco, mas que ao mesmo tempo se preocupa com a sua saúde e procura uma alimentação sã e equilibrada”.

Em Portugal, além da “Salada Gourmet (mistura de escarola frisada, canónigos e radicchio), entre os produtos mais vendidos estão as leguminosas lavadas como o “Agrião e o Espinafre”. Entre a procura destacam-se ainda “os coentros, a rúcula e a salada completa César, lançada no ano passado”.

Frescos cultivados em três zonas do País

Os produtos de IV gama da Florette, detida pelo grupo francês Agrial, são distribuídos em “quase todos os hiper e supermercados no mercado português, assim como no retalho tradicional, mercearias e lojas ‘gourmet’ de norte a sul do País”. As verduras que seguem para as lojas nacionais são cultivadas nas zonas do “Algarve, Montijo, Milharado e nos arredores do Porto”. “A matéria-prima colhida é rapidamente introduzida numa carrinha refrigerada e levada para o centro de produção, onde é selecionada, lavada e cortada. Durante todo o processo até a chegada ao supermercado, o produto site florette_PTmantém-se refrigerado, entre 1ºC e 4ºC, assegurando-se que todas as suas propriedades e frescura se mantêm intactas”, explica o diretor comercial.

No último ano, a empresa faturou 4 400 000 euros em Portugal, o que representa um crescimento de 7,5% face a 2014. Este ano, a aposta passa pelo “aumento da distribuição e maior penetração de mercado”, prevendo um “crescimento a dois dígitos”, dá conta o responsável.

IV Gama vale mais de €19 milhões

A categoria de produto de IV gama, na qual se inserem as saladas prontas e os legumes preparados para consumo, “representou no ano passado 19 300 000 euros em Portugal”, aponta o diretor comercial, que acredita que “nos próximos anos se verifiquem crescimentos superiores aos últimos anos”. “Parece que se vê uma leve melhoria no consumo e esperamos que isto se transmita nos produtos de quarta gama”, constata. Os estilos de vida atuais e o aumento do consumo no País apontam para uma crescente tendência na procura por este tipo de produtos.

florette_ruculaO negócio em Portugal é gerido pela Florette Ibéria, que encerrou 2015 com uma faturação de “155 milhões de euros”, um crescimento de 8% face ao ano transato. Na apresentação de resultados no país vizinho, onde a marca está presente desde 2001, a direção deu conta que a marca observou “um desenvolvimento de 37%” durante o último ano, de acordo com a Inforetail. A distribuição moderna representa “75% do negócio da empresa e o segmento de ‘food service’ abrange os restantes 25%”. A previsão para este ano aponta para um crescimento de “4% no negócio a nível ibérico”.

Negócio espalhado por toda a Europa 

Além de Portugal e Espanha, a empresa está ainda “presente fisicamente em França, Itália, Suíça, Reino Unido e Dinamarca”. “A partir da unidade de produção em Cambrai, França, perto da fronteira belga, a marca abastece os mercados de França, Bélgica, Alemanha e Holanda. Esta unidade de produção permite chegar a 70 milhões de consumidores, num raio de 300 quilómetros”, revela o diretor comercial para Portugal.

A criação da marca de saladas e verduras preparadas remonta a “1983, enquanto sociedade familiar Salada completa César_2.99 euros_pcom outro nome”, tendo adotado a designação atual em 1987. “Nessa década a marca integrou o grupo cooperativo Agrial e em 1999 expandiu a sua atividade ao Reino Unido, inaugurando a primeira fábrica fora de França, mais propriamente em Lichfield”. Passados dois anos, entrou no mercado espanhol, ao adquirir o “líder” do país vizinho na categoria de IV Gama – a produtora “Vega Mayor”. “Foi o primeiro passo para chegar ao mercado ibérico. Um ano depois passa a comercializar os seus produtos em Portugal. Em 2008 comprou a empresa espanhola Tallo Verde e com essa aquisição passou a ter três unidades de produção em Espanha. Depois de Portugal, em 2002, a comercialização foi alargada aos mercados da Bélgica (2004), Itália (2005), Suíça (2007), Reino Unido (2009) e Dinamarca (2015)”, enumera o responsável.

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