Menos lojas e mais promoções encolhem faturação do Minipreço

Ricardo Currás, conselheiro delegado do grupo Dia

Rita Gonçalves, em Madrid

A faturação bruta do grupo espanhol Dia em Portugal, onde opera as cadeias Minipreço e Clarel, alcançou no ano passado 823,5 milhões de euros, menos 6% face a 2014. Ricardo Currás, conselheiro delegado do grupo Dia, apresentou ontem em Madrid, capital espanhola, os resultados da cadeia de distribuição presente, além de Portugal, em Espanha, Argentina, Brasil e China.

O responsável atribui o resultado no mercado nacional ao encerramento de algumas lojas não estratégicas. “Seja pela dimensão e localização inadequadas ou outro qualquer requisito importante para a evolução do negócio, fechámos algumas lojas em Portugal que consideramos pouco rentáveis e pouco ajustadas à proposta que queremos oferecer ao consumidor português”.  A cadeia fechou o exercício de 2015 com um total de 621 lojas, menos 13 unidades face a igual período do ano anterior. O grupo Dia abriu 15 lojas próprias em Portugal no ano passado, mas encerrou as portas de 28 estabelecimentos franchisados.

Mas também atribui este resultado ao investimento efetuado na redução de preços. “O mercado português é muito competitivo em preço, pelo que fizemos e vamos continuar a fazer um grande esforço para tornar os preços dos produtos mais competitivos”.

“Estamos a dar passos para regressar à senda de crescimento”, revela, por sua vez, Amando Shánchez, diretor corporativo do grupo Dia. Os novos formatos revelam crescimentos já nos primeiros meses do ano, garante. A cadeia definiu dois formatos principais para operar no mercado português. “O Minipreço Market, novo conceito já visível em 172 lojas, e o novo formato para lojas de maior dimensão e fora dos centros urbanos Minipreço Familiy. Até à data, Portugal já tem seis lojas transformadas neste novo conceito”.

A cadeia opera ainda três armazéns em Portugal e no total, contando com as franquias, dá emprego a 5536 pessoas.