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Confiança dos empresários cai pela primeira vez desde janeiro de 2013

Por a 5 de Novembro de 2015 as 17:09

crise_quebra_confiancaA edição especial do Barómetro Kaizen – promovido pelo Instituto com o mesmo nome para medir o impacto do clima de incerteza e instabilidade política atual no rumo económico do País – revela um recuo inédito no índice de confiança da classe empresária, passando de 12,7 valores (julho de 2015) para 11,4 valores.

Desde que é medido pelo Barómetro (janeiro de 2013), a confiança dos gestores havia aumentado consecutivamente. Esta é a primeira vez que regista uma regressão, registando agora valores similares aos medidos em fevereiro de 2014, período em que o País estava sujeito à intervenção da Troika (BCE, FMI e UE).

Um terço dos empresários (33%) admite ainda que o atual momento político terá impacto no plano de investimento da sua organização, na medida em que poderá adiar ou mesmo cancelar investimentos previamente definidos. Dois em cada três empresários, por outro lado, referem que o impacto será nulo, na medida em que o plano de investimentos pré-estabelecido manter-se-à.

O aumento da capacidade e produtividade (35%), a retenção de talentos e o desenvolvimento de pessoas (25%) e entrada em novos mercados (23%) são, pela respetiva ordem, as apostas primordiais dos empresários nacionais para o último trimestre do ano.

Um total de 95% dos empresários inquiridos considera que a instabilidade política que Portugal atravessa pode colocar em causa a retoma económica em curso. “Perante uma eventual e expectável moção de rejeição contra o Programa do Governo no Parlamento, empresários e gestores dividem-se quanto ao ‘caminho’ político que dará maior garante à economia: 34% defende um Governo maioritário de esquerda; 34% opta por Governo de iniciativa presidencial; 32% apoia a tomada de posse de um Governo de gestão”, conclui o estudo.

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