Quais os hábitos de consumo das mães da geração “milénio”?

As marcas que consigam fidelizar as novas mães “milénio” garantem uma rede social de influência, uma vez que estas “vivem conetadas”, segundo o estudo global da Initiative.

A geração de mães “milénio” assume uma postura de consumo mais exigente, participativa e com elevadas expectativas, a quem se torna muito difícil impressionar.

A Initiative, agência do grupo IPG Mediabrands, divulgou os resultados da investigação “Millennial Mums: The Mothers of Invention”, na qual analisa o comportamento das mães da geração milénio em relação ao uso das tecnologias e ao que esperam das marcas.

A análise foi desenvolvida em 19 países, com especial enfoque no Reino Unido, Estados Unidos, Brasil e Polónia, e incide sobre a faixa etária em que a maioria das mulheres são mães pela primeira vez – entre os 25 e os 34 anos. 41% das inquiridas já têm filhos e que 12% planeia vir a ser mãe nos próximos cinco anos, um número que está em linha com a média em Portugal (30 anos, segundo dados do INE).

Totalmente focadas nos objetivos e preocupações familiares, a nova geração de mães encara a mudança como algo natural, não necessariamente negativa, apenas alinhada com novas metas, novos desafios, novos planos para as suas vidas.

Reconhecem que fazem parte de uma geração mais preparada e mais instruída que as anteriores e por isso assumem um papel muito mais exigente perante a vida, quer a nível pessoal quer a nível profissional. Esta postura torna-as consumidoras muito exigentes, participativas e com elevadas expetativas, a quem se torna muito difícil impressionar.

Encaram a relação com as tecnologias como algo natural, quase intrínseco a si próprias. Estar online, sobretudo através do seu ‘smartphone’, tornou-se “vital” para a gestão do seu dia-a-da e uma ferramenta que as ajuda a manter o controlo, ainda que remoto, das suas vidas.

As compras online e a pesquisa de informação são as atividades que realizam de uma forma muito frequente, assim como a utilização de plataformas sociais, as quais consideram fundamentais na manutenção das suas relações de amizade.

O social media assume um papel muito relevante neste campo das suas vidas, sendo considerado, mais do que nunca, uma forma de contacto mais frequente com os amigos e um meio para estabelecer novas amizades com os seus pares (troca de experiências com outras mães).

Em casa, as novas tecnologias funcionam sobretudo como fonte de entretenimento para mães e filhos.

Como encaram a comunicação das marcas?

Sendo mães com uma relação tão ativa com as novas tecnologias, encaram a comunicação das marcas de forma positiva, ainda que com uma visão muito clara do seu objetivo: às marcas cabe o papel de se focarem naquilo que fazem – nos seus produtos – com o dever de serem cada vez mais participativas na sociedade, através da contribuição para causas de solidariedade social.

São recetivas às comunicações das marcas se lhes reconhecerem uma mais-valia enquanto consumidoras, valorizando campanhas de desconto, vantagens especiais nos cartões de fidelização ou ofertas exclusivas. As marcas que conseguirem captar a sua atenção e confiança podem conquistar a sua lealdade e seguramente a sua recomendação junto da sua rede de influência.

Para Francisco Teixeira, Managing Director da Initiative em Portugal, “este tipo de estudo, que aprofunda o conhecimento em relação a um target muito específico, é cada vez mais fundamental na construção de estratégias focadas no consumidor, que pretendem não só gerar notoriedade às marcas, mas acima de tudo torná-las cada vez mais relevantes na vida do dia-a-dia de quem as consome. Este é apenas um exemplo do esforço que a Initiative tem vindo a desenvolver, a nível global, no sentido não só de enriquecer o conhecimento do consumidor numa ótica não só de gerar novas fontes de informação e de inspiração, como acima de tudo apontar tendências e novas formas das nossas marcas conquistarem a relevância para os seus consumidores”.