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Grupo Iglo vendido por €2,6 mil milhões à nova empresa Nomad Holdings

Por a 21 de Abril de 2015 as 13:07

Iglo Visual Filetes PrimaveraA marca europeia cujo produto estrela são os douradinhos do Capitão Iglo vai ser vendida a uma jovem empresa norte-americana, que pagará 2,6 mil milhões de euros pelo negócio de congelados.

O Grupo Iglo está desde 2006 nas mãos da empresa europeia de capital de risco Permira Advisers, que confirmou esta segunda-feira a venda da marca à Nomad Holdings, formada há um ano por dois magnatas dos EUA, segundo dados avançados pela imprensa internacional.

O negócio foi avaliado em 2 600 milhões de euros e prevê-se que seja efectivado entre o presente mês de Abril e Junho próximo. Porém, o acordo não abrange a totalidade do negócio de alimentos congelados, no qual a vendedora vai manter uma participação de 9%.

Este é o primeiro passo dado pela sociedade constituída em 2014 pelos investidores Martin Franklin e Noam Gottesman, que pretendem construir um negócio mundial de marcas de consumo.

Segundo o The Guardian, Martin Franklin lidera, inclusivamente, a empresa britânica de bens de consumo Jarden, a qual adquiriu em 2001 e, até ao momento, colecciona 120 marcas compradas, estando avaliada em 10 mil milhões de (US) dólares.

Um negócio de sucesso na Europa

O negócio do actual Grupo Iglo nasceu há 100 anos com o nome Birds Eye, depois do fundador, o cientista americano Clarence Birdseye, ter descoberto o método da congelação para preservar as propriedades dos alimentos numa viagem de caça.

A Unilever comprou o negócio nos anos 40 e expandiu-o pela Europa com o nome Iglo, presente actualmente em 12 países. Em 2006, o negócio passou para a Permira pela quantia de 1,7 mil milhões de euros. Mais tarde, a empresa alterou o nome Birds Eye Iglo, fixando o Grupo Iglo em 2011, ano em que comprou a marca Findus, na Itália.

A companhia de capital de risco já tinha tentado vender a marca de congelados em 2012 mas as ofertas não coincidiram com o valor pedido.

Sedeada em Londres, a Iglo corresponde ao maior produtor de comida de alimentos congelados na Europa, com uma quota de mercado de cerca de 10%. Detém fábricas no Reino Unido, Alemanha e Itália, países que, em conjunto, representam 85% das vendas, segundo o Jornal de Negócios. No último ano, a marca atingiu receitas de 1,5 mil milhões de euros.

Numa estimativa interna, referida pelo The Guardian, a marca supõe que os seus produtos estejam nos congeladores de 95% dos lares no Reino Unido, sendo que os consumidores britânicos são os maiores consumidores europeus de alimentos congelados per capita.

As vendas de congelados no país do norte da Europa correspondem a cerca de 5,5% do total de produtos alimentares que saem dos supermercados para as casas da população, comparativamente com os 40% dos produtos frescos e gelados. No entanto, a procura por alimentos congelados subiu nos últimos, com os comerciantes a tentarem cortar no desperdício, diz a mesma fonte. As vendas naquele país cresceram 2,5% em 2013 e 0,9% no último ano, alcançando os 5,8 mil milhões de libras.

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