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Quercus em defesa das questões ambientais da taxa sobre sacos de plástico

Por a 13 de Fevereiro de 2015 as 14:45

A Quercus considera necessário que o Governo esclareça melhor os consumidores sobre os motivos ambientais da taxa aplicada, no âmbito da Fiscalidade Verde, aos sacos de plástico. O material representa 97% do lixo encontrado na costa portuguesa.

A lei, que prevê a contribuição de dez cêntimos (oito cêntimos mais IVA), entra em vigor a partir do próximo dia 15 de Fevereiro. Não contestando a legislação que tem gerado polémica, a associação de defesa do ambiente defende que “não há uma luta contra os sacos de plástico, mas sim contra o mau uso dos sacos de plástico e depois o encaminhamento para um destino inadequado, que devia ser a reciclagem e não o ambiente”, defende fonte da assoacição, Carmen Lima, em declarações ao Jornal Público.

A representante da organização ambientalista defende que o Governo não promoveu os termos concretos do problema ambiental e de saúde pública, que levaram à tomada de decisão, e lembra que a medida acabará por ter um objectivo “muito forte”, associado ao consumo excessivo dos sacos de plástico, cujo destino é incontrolável, sendo muitos despejados no mar e nos solos.

Da parte do Governo faltou a aposta em “campanhas de explicação e sensibilização ambiental para que as pessoas percebam qual é o verdadeiro problema do mau uso dos sacos de plástico”.

A entidade, assim como outras, pensa que os portugueses vêem a medida aplicada sobre os sacos de plástico “leves” como uma resolução do Governo para “ir buscar mais verba”, distanciando-se das razões ambientais.

Carmen Lima defende que os portugueses “acabam por a aceitar de uma forma mais fácil”, caso estejam cientes do objectivo concreto, sendo que “97% do lixo encontrado na costa portuguesa é plástico”.

Ainda segundo a mesma fonte, outras entidades partilham esta mesma posição da Quercus, além de defenderem o período de transição de um ano para a adaptação à regra.

Para a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), por sua vez, o Governo deveria “ter ouvido um conjunto de agentes económicos para ajudar a que esta implementação da medida ocorresse de uma maneira mais tranquila e que permitisse que os agentes económicos, como também os consumidores, se fossem adaptando melhor”.

O sector da distribuição “concorda com os objectivos de sustentabilidade ambiental desta medida”, mas também teria preferido que “a sua implementação tivesse sido feito de uma forma mais atenuada para que todos se pudessem adaptar e fazer uma transição deste regime de sacos descartáveis para sacos reutilizáveis”, disse Ana Isabel Trigo Morais, Directora-Geral da APED, associação que representa o sector, em declarações à Lusa.

 

 

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