Gestão de resíduos industriais continua em queda

O volume de negócios no sector português de gestão de resíduos industriais manteve nos últimos anos uma tendência decrescente, num contexto de conjuntura económica desfavorável e contracção da produção industrial, segundo o estudo Sectores Portugal publicado pela Informa D&B.

Em 2013, o sector situou-se nos 165 milhões de euros, valor semelhante ao registado no ano de 2007, quando a faturação sectorial alcançou 162 milhões de euros

Desde 2011, ano em que foi atingido o valor máximo de 175 milhões de euros, o volume de negócios tem registado quedas, de 4% em 2012 e de 1,8% em 2013, em consequência do recuo da procura, da redução do gasto público e das medidas de contenção de custos adoptadas pelas empresas clientes.

Pressão sob os preços

A maior parte do volume de resíduos perigosos gerado provém do sector industrial, destacando-se os resíduos químicos, com uma participação sobre o total de cerca de 25%.

As previsões para o final de 2014 apontam para uma descida adicional do negócio, devido à forte pressão sobre os preços e à lenta recuperação da actividade industrial, nomeadamente em algumas das principais fontes geradoras de resíduos.

Em Fevereiro de 2014, havia em Portugal 216 empresas registadas na Associação Portuguesa do Ambiente (APA) como gestoras de resíduos perigosos. A descida da actividade verificada nos últimos anos provocou um excesso de capacidade, pondo em causa a viabilidade de muitos operadores, conclui o estudo.