Destaque Distribuição Homepage Newsletter

Menos regulação e burocracia para atrair investimento

Por a 19 de Fevereiro de 2014 as 17:20

O presidente da Confederação dos Serviços de Portugal (CSP), Luís Reis, defendeu hoje que Portugal dá sinais de poder retomar o caminho do crescimento económico mas que a previsibilidade e a redução da regulação e da burocracia são essenciais para cumprir esse objectivo e atrair investimento.

“Temos a oportunidade de reposicionar o País, estamos num momento de viragem, mas os investidores exigem previsibilidade. Por isso, o meu apelo aos nossos governantes é: parem de fazer legislação e parem de produzir tantas regras”, sustentou Luís Reis na The Lisbon Summit, que decorre desde terça-feira em Cascais.

O presidente da CSP considerou ainda fundamental aliviar a carga fiscal e “uma melhoria drástica” do sistema judicial.

Questionando a abertura de Portugal ao comércio, ao investimento e ao negócio, Luís Reis respondeu positivamente mas levantou algumas reticências, ao contrário do que acontece com o turismo, onde a resposta é um rotundo sim.

“A actividade económica atingiu valores máximos desde Fevereiro de 2001 mas para que Portugal concretize este potencial é preciso manter o défice controlado, reduzir a dívida pública e controlar os gastos públicos”, sublinha Luís Reis.

“A eficiência e estabilidade do nosso quadro legislativo ainda é um problema para os investidores, empresas e cidadãos. Tal como está aberto ao turismo, Portugal deve estar aberto ao investimento e criar as condições necessárias para tal”, acrescentou.

Relativamente ao comércio e à balança das importações e exportações, estas últimas têm estado a crescer mas o poder de compra nacional está ainda 80% abaixo da média da Europa, o que constrange este sector.

Por outro lado, “o investimento público e privado em I&D está a crescer de forma consistente, o número de licenciados cresceu 50% entre 2001 e 2011, a legislação laboral foi revista recentemente e trouxe maior flexibilidade. Os investidores valorizam a nossa força de trabalho, capacidade de investigação e inovação, as nossas infra-estruturas e a nossa estabilidade política, mas falta melhorar o acesso ao financiamento, e reduzir a carga da regulação governamental”.

A CSP integra 20 por cento do PIB nacional, representa mais de 220 mil postos de trabalho, seis empresas do PSI-20, 7 das 10 empresas que mais investem mais em inovação em Portugal e é responsável por 1/3 do IVA cobrado.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *