IFFA 2013: mais validade e segurança nas embalagens

Rita Gonçalves, em Frankfurt, Alemanha

A indústria mundial da embalagem rumou a Frankfurt, entre 4 e 9 de Maio, à IFFA 2013, uma das maiores feiras do Mundo dedicada ao sector da embalagem de produtos cárnicos, para divulgar as últimas tendências e dar a conhecer as inovações desta edição: com os equipamentos de última geração, os produtos podem chegar às prateleiras mais seguros e em embalagens flexíveis que permitem maiores prazos de validade.

Há um pouco de tudo nos longos corredores dos diversos pavilhões que constituem o certame. Soluções para melhorar as condições de higiene nas áreas de produção, transformação e embalamento dos produtos alimentares, muitas, muitas propostas dos fabricantes de máquinas embaladoras para tornar automático e mais produtivo o processo de embalamento dos alimentos, ingredientes e aditivos, entre muitos outros.

“As grandes cadeias de retalho procuram cada vez mais embalagens prontas a levar, já pesadas e com preço definido, para não só uniformizar o preço de venda dos produtos como reduzir a intervenção humana ao mínimo. Por exemplo, nos fatiados, grande impulsionador do crescimento do sector, estas embalagens evitam que o produto seja manipulado por um operador na charcutaria, prevenindo contaminações”, explicou ao Hipersuper Diogo Magalhães, responsável de vendas da zona Sul e Ilhas da filial portuguesa da Multi Vacuo.

Com linhas cada vez mais optimizadas, o preço das embalagens tem vindo a cair, revela o responsável, acrescentando, no entanto, que o sector sofre com as flutuações do preço do petróleo, principal matéria-primas das embalagens. “O valor da embalagem pode chegar a ser mais elevado que o próprio produto”.

A automatização dos processos é mais uma tendência na indústria para melhorar o consumo energético, a produtividade e a qualidade dos produtos, além de aumentar as condições de higiene e tirar do ombro dos operadores “tarefas que exigem grande esforço físico”, explica a organização da feira.

A indústria alemã de máquinas para transformar e embalar alimentos alcançou um volume de negócios em 2012 superior a 11 mil milhões de euros, mais 7,8% face ao ano transacto, e exportou 7,33 mil milhões de euros (mais 10%).

*A jornalista viajou a convite da Multivácuo Portugal