Operadores logísticos crescem 4,3% para €480 milhões em 2011

Os operadores logísticos facturaram 480 milhões de euros em 2011, mais 4,3% face ao ano anterior, segundo o estudo sectorial DBK.

Apesar de a crise económica ter provocado o abrandamento do ritmo de crescimento das receitas dos operadores logísticos, a cada vez maior externalização dos serviços logísticos (armazenagem, manipulação e transporte de mercadorias) permitiu manter taxas de variação positivas, conclui o estudo.

Também a introdução de novos serviços com valor acrescentado, assim como a crescente internacionalização da actividade das empresas portuguesas, são outros factores que impulsionaram o negócio.

A armazenagem e as operações de armazém tendem a ter cada vez mais peso no volume de negócios sectorial, tendo sido responsáveis por 51% do total em 2011, o que equivale a cerca de 245 milhões de euros. Os restantes 49% corresponderam a operações de transporte associadas às mercadorias armazenadas.

“A deterioração da actividade produtiva na indústria portuguesa, a quebra do consumo privado e o agravamento da conjuntura económica representam uma ameaça para as empresas do sector, o que permite prever um abrandamento da procura a curto prazo”. Desta forma, o estudo prevê um crescimento do volume de negócios de cerca de 1% para 2012.

O sector caracteriza-se pelo elevado grau de concentração da oferta: 85 empresas empregam 11.100 trabalhadores. A média é de colaboradores por empresas de 131. As empresas com actividade em Portugal têm uma capacidade de armazenagem que ronda um milhão e meio de metros quadrados, metade dos quais se encontram concentrados em cinco empresas.

“O elevado grau de concentração está patente na análise das quotas de mercado conjuntas dos principais operadores. Assim, os cinco maiores reuniram uma participação de cerca de 37% em 2011, valor que superou os 53% se considerarmos os 10 maiores”, conclui a DBK.