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Artigos de luxo desafiam crise

Por a 1 de Junho de 2012 as 12:05

As vendas globais de artigos de luxos desafiam as preocupações relativamente à crise vivida na zona euro e os medos de um abrandamento dos mercados emergentes, estimando-se que superem os 200.000 milhões de euros em vendas globais, em 2012.

Estes dados foram revelados pela Bain&Company – uma das principais consultoras no sector dos artigos de luxo – no estudo “Luxury Goods Worldwide Market Study”, prevendo que as vendas anuais globais devam crescer entre 7 e 9% no actual exercício, alimentando, assim, as expectativas do crescimento das marcas de luxo +ara valores de meio da década.

O estudo aponta, de resto, uma continuação das tendências fundamentais do mercado que possibilitarão a forte recuperação do sector de luxo, após a recessão vivida depois de 2008-2009. O crescimento das vendas online e a rápida expansão da China são apontados como sendo dos principais factores para esta realidade.

Em 2012, refere o estudo, o crescimento na Europa deverá rondar os 2 a 4%, enquanto na América essa evolução poderá chegar aos 7%. Já no Japão, por exemplo, a subida das vendas dos artigos de luxo estima-se em 2%.

Ao mesmo tempo, mercados como a China deverão crescer entre 18 e 20%, convivendo, assim, com uma recuperação do crescimento a níveis altos de mercados como a Índia e Rússia, aparecendo na lista países como o Azerbaijão, Brasil, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, México, Turquia ou Vietname.

O estudo revela, também, que as tendências de consumo estão a evoluir, com o segmento dos acessórios a superar o sector de luxo, prevendo-se mesmo que duplique a taxa de crescimento de outras categorias.

A Bain&Company identificou, assim, os nove factores que definirão o mercado de luxo nos próximos três a cinco anos:

1 – Os consumidores chineses, incluindo os gastos como turistas, representam na actualidade mais de 20% das vendas mundiais de produtos de luxo. Os consumidores asiáticos (China, Japão, Coreia e Sudeste asiático) representam, por sua vez, 50% do total;
2 – 30% das vendas globais de artigos de luxo acontecem em mercados emergentes;
3 – A idade média dos consumidores de artigos de luxo na Ásia está a diminuir constantemente, enquanto no Japão, Europa e EUA está a aumentar, criando uma nova geração de consumidores de luxo, mas com gostos e preferências muito diferentes;
4 – As mulheres estão a fazer compras tradicionalmente masculinas (roupa, relógios de luxo, etc.), já que têm uma cada vez maior independência com os seus gastos;
5 – Os homens, por sua vez, estão cada vez mais propensos a procurar marcas com atributos à volta da “moda” e “beleza” (tradicionalmente mais femininos), assim como a funcionalidade dos produtos;
6 – O uso de produtos de luxo foi, também, introduzido em ocasiões mais informais, o que afectou o desenvolvimento de produtos pelas marcas (por exemplo, com o casual-chic);
7 – O sector de luxo está a ser alimentar por novo e mais dinheiro. A procura de produtos cada vez mais tradicionais e de maior qualidade por parte dos consumidores está, por sua vez, a favorecer a oferta de produtos de luxo;
8 – As marcas Premium e de moda de “consumo rápido” estão a obrigar as marcas de luxo a rever as suas propostas de valor e a começar a competir directamente com as gamas baixas de produtos de luxo;
9 – A convergência de lojas tradicionais, comércio electrónico, redes sociais e m-commerce está a criar uma experiência “omnicanal” para os consumidores.

 

 

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