75% do Continente em seca severa e extrema
O Instituto Nacional da Água (INAG) e o Instituto de Meteorologia diferem na análise do território nacional: “Tomando como base as albufeiras de volume significativo, Portugal Continental tem cerca de 11 km3 de capacidade de armazenamento de água, da qual cerca de 70% se encontra preenchida”, disse à Lusa Rui Rodrigues, do Sistema de Nacional de informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
Já segundo o Instituto de Meteorologia, a seca do território nacional agravou-se nos últimos meses já que o inverno tem sido pouco chuvoso.
De acordo com o incide de seca meteorológica, 70% do território está em seca severa e 5% em seca extrema. Uma situação que se pode agravar as previsões para os próximos dias que não indicam qualquer precipitação.
No entanto, para Rui Rodrigues, os valores de armazenamento das albufeiras “correspondem praticamente à média esperada em Fevereiro, ainda que a sua distribuição espacial não seja uniforme”, pelo que o volume de água armazenada “não configura, para já, uma situação de seca”.
Os dados recolhidos pelo SNIRH (organismo na dependência do INAG), em relação ao armazenamento de água nas principais albufeiras do País, apontam, no mês de Janeiro deste ano, para um aumento do volume [em cinco bacias hidrográficas e uma descida em sete, comparativamente aos volumes registados no mês anterior.
As bacias do Ave, no Norte do País, do Tejo, no Centro e do Sado e Guadiana, no Sul, apresentam volumes de água considerados pelo SNIRH “dento da média”, enquanto que as do Mondego e Oeste, no Centro do País, e do Mira e Barlavento Algarvio, no Sul, registam valores acima da média.
“Abaixo da média está a generalidade dos armazenamentos no Norte do País, ainda que essa situação de menor armazenamento já tenha ocorrido mais quatro vezes nos últimos 10 anos”, sustenta o mesmo responsável, afastando hipotéticos cenários de problemas de abastecimento de água às populações.
Já no que respeita à falta de água para aproveitamento agrícola, Rui Rodrigues admite que “existem pequenas barragens que estão a abaixo dos níveis de água desejados, ou mesmo vazias, devido à falta de chuva”, situação que tenderá a normalizar se verificar alguma precipitação nos próximo tempos”.
Ainda assim é no Sul do País, na Bacia do Arade que se registam os menores valores de armazenamento de água (32,2%), situação que “tenderá subir com a entrada em funcionamento da barragem de Odelouca”, a terceira do sistema que comporta ainda as barragens de Funcho e Arade.
Os dados divulgados pelo SNIRH resultam da monitorização de 56 albufeiras, das quais 17 apresentam, segundo o mesmo organismo, ” disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total” e apenas quatro “têm disponibilidades inferiores a 40% do volume total”.
Os armazenamentos de Janeiro de 2012, por bacia hidrográfica, “apresentam-se inferiores às médias de armazenamento dos meses de Janeiro de 1990/91 e de 2010/11”, com excepção para as bacias do Mondego, Ribeiras do Oeste, Sado, Mira e Ribeiras do Algarve, onde foi registada uma subida.
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