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Consumidor ibérico cada vez mais urbano

Por a 31 de Janeiro de 2012 as 17:43

Um estudo realizado pela Kantar Worldpanel às sete principais cidades ibéricas (Lisboa, Porto, Madrid, Barcelona, Bilbao, Sevilha e Valência) concluiu que o consumidor ibérico está cada vez mais urbano, mas diferente, encontrando-se mais concentrado nas grandes cidades devido ao abandono das zonas rurais.

No entanto, há grandes diferenças de comportamento de consumo entre as populações das sete principais cidades ibéricas, com as características locais a influenciar e determinar a forma de consumir.

A análise feita pela consultora a estas sete cidade ibéricas – que representam 2% da superfície total (em km2), 28% da população da Península Ibérica e 32% do valor gasto em FMCG – concluiu que, em Portugal, as duas cidades analisadas (Lisboa e Porto) registam comportamentos díspares. Em Lisboa, 76,3% dos lares não têm crianças e são constituídos maioritariamente (59,9%) por uma ou duas pessoas e com 50 ou mais anos (54,4%). No que toca ao consumo, os consumidores de Lisboa registam mais visitas às lojas, mas gastam menos por acto de compra. Já o Porto apresenta características diferentes, sendo que os lares são constituídos em 44,6% por casais com filhos e com três ou mais pessoas (57,7%) em lares maioritariamente com idades até aos 49 anos (53%). Nos comportamentos de compra, os portuenses também marcam a sua diferença dos consumidores da capital ao terem um gasto médio por acto de compra superior, mas menos visitas às lojas.

Do lado de lá da fronteira, os consumidores de Bilbao são os menos aventureiros nas compras, sendo que são os que apresentam o índice mais elevado no que toca à fidelidade às marcas que compram (índex 150) ao passo que são os menos experimentalistas (índex 67).

Analisando a cidade ibérica que mais tempo dispende junto aos lineares, destaque para a capital da Catalunha, sendo, de resto, a cidade espanhola que apresenta o índice mais baixo na compra por impulso, revelando 60% dos consumidores que “planificam a compra”, admitindo que assim são “o mais eficiente possível”.

Quanto à cidade mais stressada”, Madrid ocupa o topo do ranking, sendo a cidade ibérica com maior taxa de consumo de colas e bebidas energéticas (34 litros/ano per capita), bem como de combustível (800 litros/ano de compra média).

A cidade mais sensível às promoções, por sua vez, surge na região da Andaluzia (Sevilha), aparecendo aí o consumidor que mais efectua comparações de preços para aproveitar as promoções especiais (índex 113), além de ser o shopper que, quando as marcas preferidas estão em promoção, aproveita para comprar mais (índex 110).

A nível nacional, o Porto aparece destacado na cidade com maior índice de colesterol e onde está o menor consumo de peixe, frutas e iogurtes de protecção, concluindo-se que é na capital do Norte que está a maior percentagem de lares com pelo menos um obeso (24,7%).

O Porto é, igualmente, a cidade ibérica mais orientada para o preço, aparecendo aqui o consumidor que mais compara preços entre diferentes marcas antes de escolher uma (index 118) e onde o preço é o mais importante aquando da compra de um produto (index 138).

Já a capital de Portugal surge no primeiro lugar das cidades ibéricas analisadas com maiores preocupações ambientais e de saúde. É em Lisboa onde estão os consumidores que preferem comprar produtos com pouco sal (índex 122) ou que tentam comprar produtos que não prejudiquem o meio ambiente (índex 108).

Finalmente, a cidade de Lisboa aparece, também, no topo do ranking quando analisada a cidade mais aberta a soluções de conveniência alimentar, com 50% dos inquiridos a darem preferência à rapidez e facilidade de preparação” (index 202) e onde com mais frequência se compra comida preparada para levar para casa (index 114).

 

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