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PME responsáveis pela criação de 85% dos novos empregos

Por a 17 de Janeiro de 2012 as 10:46

85% do total líquido de novos postos de trabalho na União Europeia (UE) entre 2002 e 2010 foram criados por pequenas e médias empresas (PME). Esta percentagem é consideravelmente superior à parte das PME no emprego total (67%). Durante este período, o emprego líquido criado pela economia empresarial da UE aumentou substancialmente, em média 1,1 milhão de novos postos de trabalho por ano. Estes são os principais resultados de um estudo sobre o contributo essencial das PME para a criação de emprego, apresentado pela Comissão Europeia.

Com 1% por ano, o crescimento do emprego nas PME foi mais elevado do que nas grandes empresas (0,5%). Uma clara excepção é o sector do comércio, onde o emprego nas PME aumentou 0,7% ao ano, face a 2,2% nas grandes empresas. Isto deve-se a um aumento significativo de grandes empresas comerciais, nomeadamente no sector da venda, manutenção e reparação de veículos automóveis.

Dentro das PME, as microempresas (menos de 10 trabalhadores) são responsáveis pelo maior crescimento líquido do emprego na economia empresarial (58%).

Em segundo lugar, as novas empresas (menos de cinco anos) são responsáveis pela maior parte dos novos postos de trabalho. As novas empresas ligadas aos serviços empresariais são responsáveis por mais de um quarto (27%) dos novos postos de trabalho, ao passo que as novas empresas nos sectores dos transportes e da comunicação representam o contributo mais pequeno (6%).

O vice-presidente da Comissão Europeia, Antonio Tajani, responsável pela Indústria e Empreendedorismo, declarou que “neste momento crítico para a economia europeia, vemos as pequenas empresas cumprir e confirmar o seu papel enquanto principais geradoras de novos postos de trabalho. O seu contributo significativo para a criação de emprego realça a crescente relevância económica das PME e a necessidade de apoiar estas empresas a todos os níveis. As pequenas e novas empresas são claramente a chave para restabelecer o crescimento económico”.

De acordo com os resultados do estudo efectuado, a crise económica deixou marcas em empresas de todas as dimensões, sendo particularmente vulneráveis as microempresas. Com a crise económica de 2009-2010, o número de postos de trabalho nas PME diminuiu em média 2,4% por ano, contra 0,95% por ano nas grandes empresas. A evolução do emprego manteve-se negativa em 2010, mas as expectativas para 2011 melhoravam no momento de realização do estudo. A percentagem das empresas que contavam despedir trabalhadores em 2011 era inferior à percentagem das empresas que efectivamente despediram trabalhadores em 2010.

Além dos efeitos no emprego, os efeitos negativos da crise mais importantes para as empresas foram a redução geral da procura total dos seus produtos e serviços (mencionada por 62% das empresas), seguida do agravamento das condições de pagamento pelos clientes (48% das empresas) e da escassez de fundo de maneio (que afectou 31% dos inquiridos).

O estudo distingue duas dimensões principais da qualidade do emprego: a qualidade do emprego e a qualidade do trabalho. Em média, é um facto que o emprego nas pequenas empresas é menos produtivo, menos remunerado e menos sindicalizado do que o emprego nas grandes empresas. Contudo, as microempresas referem uma vantagem competitiva sobre os seus concorrentes no que diz respeito a aspectos “brandos” dos recursos humanos das empresas: ambiente de trabalho, equilíbrio entre vida profissional e privada e maior flexibilidade do horário de trabalho.

 

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