Distribuição

Deco: imposto sobre fast-food apenas benefícia orçamento de Estado

Por a 6 de Setembro de 2011 as 16:27

A associação de defesa do consumidor Deco afirma que o hipotético aumento dos impostos sobre os alimentos menos saudáveis, sugerido ontem pelo bastonário da Ordem dos Médicos, não fará com que a população passe a comer melhor.


“A posição da Deco sobre os impostos e produtos alimentares, como o fast-food e outros alimentos menos saudáveis, é de que isso só vai aumentar o orçamento do Estado e não vai fazer com que as pessoas se alimentem de forma mais saudável”, disse à Lusa Jorge Morgado, secretário-geral da associação.

A criação de um imposto sobre o fast-food e outras “dezenas de variedades de lixo alimentar”  foi ontem defendida por José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, que acredita ser esta a forma possível para evitar fazer mais cortes no sector e não colocar em causa o Serviço Nacional de Saúde.

Jorge Morgado explica que o que é preciso “mesmo é informar, esclarecer, educar as pessoas sobre o assunto”, mas também “fazer campanhas sobre alimentação saudável”, alegando que “há muito tempo que não se faz nada nesse sentido”.

Contudo, sobre alguns alimentos básicos, como o pão, o leite e os ovos, a Deco afirma que deveriam estar isentos de IVA e que isso iria “ajudar a população mais desfavorecida a ter acesso a todos estes produtos”.

Relativamente aos produtos considerados de dieta mediterrânica, a Deco defende que estes deveriam ter o valor mínimo de IVA.

 

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